Instalação da CPI do abuso de autoridade será "o trabalho mais difícil", diz Carlos Jordy
Pedido para criação do colegiado chegou às 171 assinaturas necessárias e foi protocolado
O líder da oposição na Câmara dos Deputados, Carlos Jordy (PL-RJ), afirmou nesta 4ª feira (29.nov) que a instalação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar suposto abuso de autoridade por parte de membros do STF e TSE será mais difícil do que a coleta das assinaturas para protocolar o pedido de criação do colegiado.
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"O trabalho foi duro, mas esse foi o trabalho mais fácil, coletar as assinaturas. O trabalho mais difícil será a instalação da CPI, porque nós sabemos que serão dados vários recados por parte da Suprema Corte", pontuou, em coletiva de imprensa no Salão Verde da Câmara, após o pedido para criação da comissão ser protocolado.
"Mas nós temos que enfrentar com altivez, com coragem este momento. Porque não há democracia sem equilíbrio entre os Poderes. Não há democracia quando há ameças por parte daqueles que devem zelar e guardar a Constituição e proteger o Estado Democrático de Direito", complementou.
Ainda na coletiva, Jordy disse que a CPI precisa ser "honrada e dignificada" para Cleriston Pereira da Cunha, que morreu, em 20 de novembro, quando cumpria prisão preventiva no Complexo Penitenciário da Papuda, em Brasília, por envolvimento no ataque às sedes dos Três Poderes no dia 8 de janeiro; e o ex-deputado federal Daniel Silveira. Isso porque, segundo o líder da oposição, ambos foram vítimas de abuso de autoridade por parte do Supremo Tribunal Federal.
Para que a CPI seja criada, é preciso agora que o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), faça a leitura, em plenário, do requerimento protocolado. Lira não tem prazo para fazer isso.
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