Comissão do Senado aprova novos embaixadores do Brasil em quatro países
Indicações feitas pelo presidente Lula (PT) seguem agora para apreciação do plenário da Casa
A Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE), do Senado, aprovou nesta 5ª feira (11.mai) as indicações dos diplomatas Julio Glinternick Bitelli, Paulino Franco de Carvalho Neto e Maria Luiza Ribeiro Viotti para serem embaixadores do Brasil na Argentina, Egito e Eritreia, e Estados Unidos, respectivamente. Todos foram aprovados por 18 votos a favor e nenhum contrário. Agora, as indicações serão encaminhadas para votação no plenário da Casa.
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Julio nasceu em Santo André (SP) e tem 62 anos. É formado em direito pela Universidade de São Paulo (USP) e possui mestrado em administração pública pela Harvard Kennedy School, dos Estados Unidos. No Itamaraty, atuou em Washington (Estados Unidos), Buenos Aires (Argentina), La Paz (Bolívia), Túnis (Tunísia), Bogotá (Colômbia) e Rabat (Marrocos). Na sabatina na CRE, nesta 5ª, ele disse que "recuperar a fluidez" do comércio entre Brasil e Argentina é um dos problemas que exigirá atenção da embaixada.
Paulino, por sua vez, é secretário de Assuntos Multilaterais Políticos do Ministério das Relações Exteriores (MRE). Foi secretário de Comunicação e Cultura entre 2020 e 2021. De 2016 a 2020, foi embaixador do Brasil em Angola. Ele nasceu em Curitiba, em 1961 e deu início à carreira diplomática em 1985. Possui pós-graduação em administração pública pela Fundação Getulio Vargas (FGV).
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Na sabatina na CRE, ele ressaltou que o Brasil e o Egito completam 100 anos de relações diplomáticas ininterruptas em 2024 e que o Egito é o maior parceirco comercial do Brasil na África. Segundo ele, a embaixada buscará, nos próximos anos, aumentar as exportações brasileiras.
Já Maria Luiza, primeira mulher a ser indicada ao cargo de embaixadora do Brasil nos EUA, nasceu em Belo Horizonte e tem 69 anos. Começou a carreira diplomática em 1976. Possui graduação em ciências econômicas pela Associação de Ensino Unificado de Brasília (1978) e fez os cursos de Aperfeiçoamento de Diplomatas (1982) e Altos Estudos (1995) na mesma instituição. Ela tem mestrado em economia pela Universidade de Brasília (UnB).
No Itamaraty, exerceu vários cargos, incluindo o de diretora do Departamento de Direitos Humanos e Temas Sociais, de 2004 a 2006, e o de diretora do Departamento de Organismos Internacionais, de 2006 a 2007. Maria foi embaixadora do Brasil em Berlim, na Alemanha, de 2013 a 2016. Chefiou o gabinete do secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, de 2017 a 2022.
As indicações dos três nomes foram confirmadas pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em 21 de março deste ano.
Outros aprovados
Ainda nesta 5ª, a CRE aprovou a indicação do diplomata Sérgio França Danese para ser o chefe da representação brasileira na Organização das Nações Unidas (ONU) e a indicação do diplomata Everton Vieira Vargas para o cargo de embaixador do Brasil junto à Santa Sé. Elas também haviam sido confirmadas por Lula em 21 de março. Tanto Sérgio como Everton receberam 18 votos a favor em nenhum contrário na CRE. Agora, o plenário vai decidir.