"Impeachment não pode ser balizado pelo Senado", diz Pacheco
Na presidência por mais dois anos, senador defendeu união entre Poderes e suporte ao Supremo
O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), que permanecerá no cargo por mais dois anos, após a vitória desta 4ª feira (1º.fev), saiu em defesa da democracia e em apoio ao Supremo Tribunal Federal (STF). A jornalistas, o parlamentar disse que pedido de impeachment não pode ser banalizado, e que o Congresso Nacional pode frear o desgaste do STF.
"Discurso de impeachment, não podemos banalizar, e ele não será novamente banalizado. Façamos aquilo que nos impõe. [...] Evitemos provocar o Judiciário, porque se ele for provocado, vai ter que decidir e, de um jeito ou de outro, causa desgaste ter que decidir", disse.
Pacheco citou por diversas vezes as ações em prol da democracia e afimou que o Senado terá o compromisso de buscar a pacificação. Como presidente reconduzido, também disse que entre os presos por invasões aos Poderes estão pessoas que já participaram de audiências públicas no Congresso, mas que isso não ocorrerá novamente.
Alcolumbre na CCJ
O senador também sinalizou que seu padrinho político, Davi Alcolumbre (União-AP), deve continuar no comando da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), mas transferiu a responsabilidade de escolha ao partido do colega.
"Tem um encaminhamento com essa possibilidade, dentro da divisão entre os partidos, de a CCJ ser direcionada ao União. Então, há sim a possibilidade. Se é Alcolumbre, é uma decisão do partido", declarou.
O nome do senador do Amapá foi um dos motivos de tensão na campanha de Pacheco à reeleição. A base de apoio do opositor, Rogério Marinho (PL-RN), apontou a recondução de Alcoluumbre na CCJ como um dos motivos a derrotar o candidato do PSD.
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