Eleições no Congresso: Lira é favorito na Câmara; Pacheco enfrenta concorrência
Congresso inicia trabalhos na próxima 4ª feira (1º.fev) com posse de parlamentares eleitos
Soane Guerreiro
Nesta 4ª feira (1º.fev), os novos deputados e senadores tomam posse e o Congresso inicia os trabalhos da nova legislatura, mas o que todo mundo está de olho é na primeira disputa política do ano, a eleição dos presidentes da Câmara e do Senado.
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Na Câmara, Arthur Lira é favorito para seguir na Presidência. Por lá, os corredores estão vazios. As articulações tem sido, principalmente, a portas fechadas na residência oficial. Apesar de ter sido aliado do ex-presidente Jair Bolsonaro, Lira fez uma boa articulação com o atual governo para aprovar a proposta que garantiu recursos para pagamento do Bolsa Família, no final do ano passado. Lira terá apenas um concorrente, o deputado Chico Alencar (Psol-RJ).
Cerca de 20 partidos já têm a intenção de apoiar a reeleição. Com isso, Lira alcançaria com facilidade os 257 votos necessários entre os 513 deputados para continuar na cadeira. Nos bastidores, o presidente da Câmara trabalha para ser reeleito com uma das maiores votações da história.
No Senado, o cenário é bem diferente. A disputa está acirrada entre o atual presidente Rodrigo Pacheco, apoiado pelo Partido dos Trabalhadores (PT) e o senador eleito Rogério Marinho, que foi ministro de Jair Bolsonaro e é do mesmo partido dele, o PL. Pacheco passou o dia em reuniões na residência oficial. Marinho visitou lideranças, gabinetes no Senado e disse acreditar na vitória.
Para a eleição do Senado, são necessários 41 votos entre os 81 senadores. Marinho alega ter votos para levar, ao menos, a decisão para segundo turno. Quem também participa da disputa é o senador Eduardo Girão, que em um eventual segundo turno, deve apoiar Marinho.
Para o cientista político Valdir Pucci, da UNB, a reeleição dos atuais presidentes facilitaria o diálogo do Congresso com o governo Lula: "Marinho se elegendo presidente, aí nós já temos uma situação não tão favorável ao presidente Lula. não é uma questão de impeachment do presidente, que isso nem começa no Senado, mas é dificuldade na tramitação de propostas de interesse do governo dentro do Senado, porque nós sabemos que o presidente da casa comanda a pauta e isso também pode gerar uma instabilidade com o governo".
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