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"Meu erro só foi um: ter deixado ele fugir", diz Zambelli sobre ocorrido em SP

Parlamentar foi flagrada apontando arma para homem na capital paulista, no sábado (29.out)

"Meu erro só foi um: ter deixado ele fugir", diz Zambelli sobre ocorrido em SP
Zambelli em carro após votar (Gabriel Sponton/SBT News)
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A deputada federal bolsonarista Carla Zambelli (PL-SP), que no sábado (29.out) foi flagrada apontado uma arma em via pública para um homem -- Luan Araújo -- que, segundo ela, a agrediu, votou por volta das 15h50 deste domingo (30.out) na Universidade São Judas, em Santana, na zona norte da capital paulista. Na saída, conversou com o SBT News sobre o ocorrido do dia anterior. Segundo a parlamentar, seu único erro no ocorrido foi ter deixado Luan "fugir".

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"Mexeram com uma mulher que não é frágil. Mexeram com uma mulher que têm porte de arma. Eu faria tudo de novo, só que dessa vez eu não iria colocar a minha arma no coldre. Iria ficar sobre a minha mira até o momento da chegada da polícia e iria prestar esclarecimentos ali. Porque o meu erro só foi um: ter deixado ele fugir. Eu tenho certeza que todas as mulheres que já passaram algum dia por algum crime de agressão, queriam ter tido uma arma na cintura para se defender, porque o homem fica valentão até o momento que a mulher tira a arma da cintura, depois eles viram uma menininha", afirmou Zambelli.

De acordo com ela, a confusão começou quando saía de um restaurante onde almoçara com a família, na capital paulista. Naquele momento, dois homens teriam a abordado e, pouco depois, chegaram outros três. O grupo teria xingado ela e cuspido na parlamentar. Ela acrescenta que perguntou a eles o porquê daquilo, e eles responderam "aqui é Lula". Ainda segundo Zambelli, foi chamada de prostituto por um dos indivíduos e seu filho, de 14 anos, tentou pará-lis, mas foi empurrado. 

"Usaram um homem negro [Luan] para poder dizer que eu sou racista. Mas eram cinco. Cinco fizeram, só que era ele que provocava mais justamente para eu ir atrás dele, para depois usar a retórica de que eu seria racista. Eu não sou racista. O meu marido é praticamente negro. O irmão dele chama Neguim, então de maneira nenhuma eu sou uma pessoa racista", pontuou a deputada na saída do colégio eleitoral.

Carla Zambelli chegando para votar (Gabriel Sponton/SBT News)
Calra Zambelli chegando para votar | Gabriel Sponton/SBT News

Conforme a integrante do PL, um dos homens desferiu uma cotovelada contra ela e foi empurrada por Luan, que estava atrás. O empurrão teria feito ela cair. "Quando eu caí, eu fui para cima dele, e o policial que estava comigo pediu para ele parar porque era polícia", relata. Na sequência, ela teria perseguido ele pedindo para que parasse porque chamariam a polícia para resolver a situação.

O episódio, nas palavras de Zambelli, "estava armado". "Nós temos testemunhas que mostram que no momento que eles me viram no restaurante começaram a se agrupar e se dividir para só fazer as imagens que interessavam a eles". Ela diz que Luan fugiu dela e do policial que a acompanhava por um quarteirão, até parar em um bar. "Eu falei se senta e aguarda que nós vamos chamar a polícia. Pedi para chamar a polícia. No momento que ele se sentou e se acalmou eu guardei a minha arma no coldre e falei 'agora a gente vai aguardar a polícia'. Quando ele viu que a arma estava no coldre, se levantou, quis evadir, eu falei que ele não podia sair, que a gente ia esperar a polícia, e mesmo assim ele fugiu e com os comparsas dele, eram cinco homens no total, fugiu e não quis aguardar a polícia. Aí depois ele voltou sozinho lá para dizer que sofreu algum crime de racismo", declarou a deputada.

Em vídeos que circulam nas redes sociais, é possível ver a deputada sacando  a arma no bairro Jardins e apontando para Luan. Em boletim de ocorrência registrado no 78º D.P. de Jardins, o homem declarou, na presença de seus advogados, que, na ocasião, estava saindo de uma hamburgueria quando viu a deputada e ouviu uma pessoa gritar "aqui é Tarcísio", candidato do Republicanos que concorre ao governo de São Paulo. Em seguida, Luan diz ter respondido: "amanhã é Lula....vocês vão perder", iniciando-se, assim, uma discussão com a parlamentar e seus acompanhantes.

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A confusão foi registrada por testemunhas e pela própria equipe de Zambelli. Nas gravações, também é possível ver a deputada caindo no chão e, em seguida, correndo atrás de Luan, que grita por socorro. Outro homem que estava com a parlamentar, identificado como o segurança, também saca a arma e é possível ouvir um som de disparo.

Na conversa na saída do colégio eleitoral, neste domingo, a integrante do PL disse que se tratou de "um tiro acidental" por parte do policial e classificou sua própria reação à suposta agressão como "desproporcional", porque, em suas palavras, "foi muito menor do que deveria ter sido". De acordo com Zambelli, deveria ter mantido Luan sob sua mira "durante muito mais tempo. Então foi desproporcional porque foi pouco. Deveria ter sido maior". Conforme a política, não havia risco de um tiro acidental da sua parte, porque não estava com o dedo no gatilho.

Quando chegou para votar, questionada por um jornalista da TV Globo se estava armada, não quis responder. "Se eu falar, os marginais vão me esperar. Só essa noite quatro pessoas disseram que iriam me esperar aqui na porta do colégio para me dar um tiro de 12", justificou. Na saída, ela bateu boca ainda com um popular. "Me empurraram, me xingaram, me cuspiram, me bateram, o certo seria o que então?", questionou ela ao homem. "O certo seria mandar tirar a calçada que fez você tropeçar", respondeu ele. "Eu não tropecei, meu irmão, eu fui empurrada", rebateu Zambelli, que fechou parcialmente o vidro do carro em que estava no momento da discussão. Na sequência, o homem disse "Eu não sou seu irmão" e, se locomovendo com o carro, ela atacou: "Não, você não é o meu irmão. Você é um petista, machista, misógino". Ao votar, ela usava uma camiseta com imagens do presidente Jair Bolsonaro (PL) e de Tarcísio estampadas.

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