Falha em sistema de votação foi "grave e sem precedentes", diz Câmara
Por conta do problema, Lira suspendeu sessão e votação em 2º turno na PEC dos benefícios foi adiada
A presidência da Câmara dos Deputados explicou, em nota divulgada na noite desta 3ª feira (12.jul), a falha no sistema de votação e classificou a ocorrência como "grave e sem precedentes". Por conta do problema, o presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL), suspendeu a sessão desta 3ª. Com isso, a análise dos destaque e a votação em segundo turno da chamada PEC dos benefícios -- aprovada em primeiro turno -- ficaram para esta 4ª feira (13.jul).
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"A área técnica da Câmara dos Deputados verificou instabilidade no sistema de votação remota a partir das 19 horas. A situação se agravou rapidamente, suspendendo qualquer possibilidade de votação à distância, inclusive com a queda da rede wi-fi. Foram interrompidos simultaneamente os dois links de Internet, fornecidos por empresas distintas. Trata-se de uma ocorrência grave e sem precedentes. Para assegurar que todos os deputados exerçam seu legítimo direito de voto, foi suspensa a sessão e determinada a investigação imediata das causas e responsabilidades da pane do sistema", informou a presidência da Câmara.
Votação
O texto da PEC foi aprovado em primeiro turno na noite desta 3ª. Com 408 presentes, o placar foi de 393 votos favoráveis e 14 contrários -- Lira não votou, conforme prevê o regimento.
Logo após o início da discussão da PEC, foram encontradas instabilidade no Infoleg, o sistema pelo qual os parlamentares fazem o registro do voto. A página da Câmara dos Deputados na internet também apresentava problemas. Assim que foi informado pelos técnicos, Lira pediu que os parlamentares que estivessem presentes na Casa, mas em seus gabinetes, fossem até o plenário para computar o voto pessoalmente. Na sequência insinuou que era estranho que o problema no sistema tenha ocorrido justamente na votação da PEC dos benefícios. O primeiro destaque da proposta, sobre o estado de emergência começou a ser discutido, mas Lira decidiu encerrar a sessão.
Visivelmente preocupado, anunciou que entrou em contato com o Ministério da Justiça e que a Polícia Federal (PF) estava a caminho do plenário para investigar o problema técnico com o sistema eletrônico de votação, que teria impedido deputados de registrarem o seu voto.