Pacheco: proximidade das eleições prejudica o trabalho de qualquer CPI
Presidente do Senado foi questionado sobre criação de uma comissão para investigar o MEC
Soane Guerreiro
O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), respondeu à imprensa sobre os próximos passos caso sejam alcançadas as assinaturas necessárias para a criaçao de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar suspeitas de irregularidades em repasses de recursos feitos pelo Ministério da Educação, após a prisão do ex-ministro Milton Ribeiro.
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Pacheco afirmou que qualquer CPI tem os trabalhos prejudicados devido à proximidade das eleições.
"Sobre o aspecto de conveniência e de oportunidade, sem desconhecer a importância do instituto da CPI, no momento pré-eleitoral e muito próximo das eleições isso, de fato, é algo que prejudica o escopo de uma CPI, que é uma investigação isenta, que é o tempo necessário e a própria composição dela e de todos os senadores dedicados. Então o fato de se estar muito próximo das eleições acaba prejudicando, sim, o trabalho dessa ou de qualquer outra CPI que venha a ser instalada", frisou.
Assim, Pacheco foi questionado se a instalação da CPI do MEC pode postergada em virtude desse cenário ou mesmo se pode furar a fila de outras CPIs
"A posição da Presidência do Senado em relação a requerimentos de Comissão Parlamentar de Inquérito deve ser uma posição linear, obediente à Constituição e ao regimento. De modo que esse e outros requerimentos devem observar os requisitos que se exige para apreciação da presidência do Senado e, cumprindo os requisitos, toda e qualquer CPI será instalada", pontuou Pacheco.
O presidente do Senado afirmou que pode ser necessário discutir o tema em reunião de líderes partidários. Um encontro remoto está marcada para esta 5ª feira (23.06) pela manhã. Nele também deve ser discutido o cronograma da PEC dos Combustíveis, que prevê a compensação da União aos Estados que zerarem o ICMS sobre o óleo diesel e o gás de cozinha e ainda pode incluir benefícios sociais propostos pelo governo: aumento do vale-gás e um voucher para caminhoneiros até o final do ano. Após críticas sobre o possível valor de R$ 400 reais para o voucher dos caminhoneiros, representantes da categoria reclamaram do valor e o governo reavalia propor um auxílio maior.