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Barra Torres: Anvisa não foi consultada sobre nota que questionava vacina

Segundo diretor-presidente, agência recebeu 458 ameaças desde data da aprovação de vacina para crianças

Barra Torres: Anvisa não foi consultada sobre nota que questionava vacina
De máscara, Antonio Barra Torres gesticula enquanto fala ao microfone (Jefferson Rudy/Agência Senado)
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O diretor-presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) afirmou nesta 4ª feira (16.fev) que a autarquia não foi consultada sobre a nota, do Ministério da Saúde, que questionava as vacinas contra a covid. Antonio Barra Torres foi ouvido na Comissão de Direitos Humanos do Senado.

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O diretor-presidente da Anvisa rebateu a nota técnica emitida em janeiro pelo Ministério da Saúde. O documento colocava em dúvida a eficácia das vacinas contra a covid e dizia ainda que a hidroxicloroquina poderia ser eficaz no combate ao coronavírus. De acordo com Barra Torres, para ser confeccionada, essa nota "não contou com a participação, com a colaboração, de nenhum integrante da Anvisa".

Horas depois da publicação, o Ministério da Saúde tornou o documento sem validade. Enquanto Barra Torres falava aos senadores, o ministro Marcelo Queiroga dava posse aos novos secretários da pasta. Hélio Angotti -- que assinou a polêmica nota técnica -- deixou a Secretaria de Insumos para substituir Máyra Pinheiro - conhecida como "Capitã Cloroquina", por fazer a defesa do medicamento.

O ministro Marcelo Queiroga prometeu responder em até 30 dias um ofício encaminhado pela Associação Médica Brasileira (AMB). A entidade pede a aprovação urgente das diretrizes elaboradas pela Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias (Conitec), que orienta o ministério a parar de distribuir o chamado kit covid. Quando a Conitec concluiu que a hidroxicloroquina e outros medicamentos não eram eficazes contra a covid, Hélio Angotti impediu as diretrizes de começarem a valer.

"Como o secretário achou por bem não acatar o recurso, agora o recurso sobe para o ministro", disse Queiroga. Também sobre o assunto, pontuou: "vou julgar dentro do que diz a legislação do SUS, dentro do que diz a evidência científica e farei isso com muita tranquilidade".

Ameaças

Em determinado momento na audiência no Senado nesta 4ª feira, cujo objetivo era discutir a nota técnica de janeiro, Barra Torres falou sobre ameaças sofridas pela Anvisa devido à aprovação da vacina contra covid-19 para crianças: "No dia de aprovação das vacinas, o número de ameaças por correio eletrônico ultrapassou 124 ocorrências em 48 horas. E permanece até hoje, com o registro de 458 ameaças ou comunicações eletrônicas com ameaças, críticas e expressões de baixo calão". Segundo ele, os servidores da autarquia estão muito impactados pelas enviadas à sede da agência ou a suas redes pessoais.

O diretor-presidente acrescentou que, periodicamente, as ameaças estão sendo encaminhadas pela Anvisa à Polícia Federal (PF), Supremo Tribunal Federal (STF), Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da Presidência da República, Procuradoria-Geral da República (PGR), Ministério da Justiça e Procuradoria da República no Distrito Federal. Apurações estão em andamento.

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