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Congresso

Senadores fazem relatórios paralelos na CPI da Pandemia

O parecer final do relator do colegiado, Renan Calheiros, será discutido nos próximos dias

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Relatório de Renan Calheiros deve sugerir o indiciamento de cerca de 40 pessoas (Reprodução/Youtube)
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O senador Renan Calheiros deve concluir o relário da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pandemia nesta 6ª feira (15.out), mas, até agora, três parlamentares confirmaram que apresentarão pareceres paralelos.

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O voto em separado do senador Eduardo Girão (Podemos-CE), que se diz independente, foca em atos de corrupção durante a pandemia. "O Consorcio Nordeste, um escândalo dele gerou aí 300 respiradores pagos antecipados com preços superfaturados e que até hoje, um ano e meio depois, não chegaram", afirmou. Já Marcos Rogério (DEM-RO), da base governista, apresentará um relatório em que avalia que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) não cometeu crime, mas que nos municípios e estados houve muitas fraudes com dinhero público.

"Nós temos mais de 50 operações da Polícia Federal que aconteceram aí em mais de 22 estados da federação com fraudes envolvendo bilhões de reais dos recursos repassados pelo Governo Federal que a CPI não quis investigar", disse. A versão do senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE), por sua vez, vai ter justificativas mais técnicas em relação aos crimes: "Eu prefiro concentrar em um número menor de indiciados e com fatos mais robustos de indiciamento do que pulverizar isso e e facilitar o trabalho daqueles que vão ficar atacando o relatório".

O relatório final de Renan Calheiros será discutido nos próximos dias, individualmente, com senadores da CPI, exceto os governistas. O documento, de mais de 1 mil páginas, deve sugerir o indiciamento de cerca de 40 pessoas. Entre elas, o presidente da República e o ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello.

Além disso, será mantido no documento a responsabilização do Estado, com a previsão de um Projeto de Lei (PL) para criar uma pensão para pessoas que ficaram órfãs por causa da covid. "Pensão especial até os 21 anos. E a inclusão da covid na relação de doenças que permitirá depois da perícia medica a aposentadoria por invalidez", falou o relator.

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