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À CPI da Covid, empresário nega ter financiado sites de fake news

Otávio Fakhoury foi questionado sobre relação com portais investigados em inquérito no STF

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Otávio Fakhoury
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Em depoimento à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pandemia nesta 5ª feira (30.set), o empresário Otávio Fakhoury, que é vice-presidente do Instituto Força Brasil, negou financiar sites de notícias falsas. 

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O empresário foi questionado sobre a relação do instituto com portais investigados no inquérito das fake news, do Supremo Tribunal Federal (STF). Em relação ao site Terça Livre, Fakhoury disse não saber de nenhuma ligação. Já sobre o Crítica Nacional, afirmou ter colaborado no passado, mas ressalvou que, agora, o portal tem financiamento próprio.

Fakhoury relatou ter ajudado a financiar os custos para criação do Força Brasil, a pedido do presidente do instituto, coronel Hélcio Bruno. O empresário, porém negou conhecer detalhes da relação entre o Força Brasil e a empresa Davatti, que tentou intermediar a venda da vacina AstraZeneca ao Ministério da Saúde.

Outra associação à qual o empresário afirmou ter doado dinheiro foi o Instituto Conservador Liberal, fundado pelo deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), filho do presidente Jair Bolsonaro (sem partido). Segundo Fakhoury, o repasse foi de R$ 200 mil, feito por meio de um contrato de doação para realização de uma conferência. O depoente negou que a verba tivesse relação com financiamento para a campanha eleitoral de 2018, bem como disse não ser amigo pessoal do deputado, a quem teria conhecido em 2019, quando atuava como tesoureiro do PSL.

O depoente ainda foi perguntado sobre a Prevent Senior -- investigada por forçar médicos a receitar remédios sem eficácia a pacientes com covid-19, sem o consentimento das pessoas em tratamento. A senadora Eliziane Gama (Cidadania-MA) citou as postagens de Fakhoury nas redes sociais defendendo a seguradora. Fakhoury confirmou a publicação e disse conhecer pessoas que foram "bem tratadas e foram salvas" pela operadora.

Ataques a senadores

Senadores presentes à comissão relataram terem sido alvo de ataques de Fakhoury nas redes sociais. Foi o caso, por exemplo, de Randolfe Rodrigues (Rede-AP) -- vice-presidente da CPI -- e Rogério Carvalho (PT-SE).O depoimento que mais chamou a atenção, porém, foi o de Fabiano Contarato (Rede-ES), que, em um discurso emocionado, cobrou um pedido formal de desculpas a ele, à família e à comunidade LGBT.

"Aprendi que a orientação sexual, a cor da pele e o poder aquisitivo não definem caráter. O senhor não sabe como é difícil para mim expor minha família em um momento tão delicado como esse. Mas é necessário para que outros não sofram o que eu estou sofrendo. Porque, se o senhor faz isso comigo como senador, imagine em um Brasil que mais mata a população LGBTQIA+. O mínimo que o senhor deveria fazer é pedir desculpas não só a mim, mas à toda a população", disse o parlamentar.

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