Onda de calor: termômetros voltam a subir na primeira semana do verão
Bloqueio atmosférico eleva temperaturas em até 5° C acima da média e provoca noites abafadas no Centro-Sul do Brasil; veja como se proteger


Emanuelle Menezes
Uma nova onda de calor ganha força no Brasil na primeira semana do verão e deve marcar o período do Natal, com temperaturas bem acima da média e noites abafadas em grande parte do Centro-Sul.
Segundo o Climatempo, o fenômeno é provocado por um bloqueio atmosférico, que dificulta a formação de sistemas de chuva mais organizados e favorece a persistência do ar quente sobre o país. Com isso, várias regiões devem registrar temperaturas pelo menos 5° C acima do normal para esta época do ano.
A onda de calor atinge principalmente os estados de São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Paraná, Mato Grosso do Sul, Santa Catarina e o extremo sul de Goiás. Nessas áreas, tanto as temperaturas máximas quanto as mínimas permanecem elevadas, reduzindo o alívio térmico durante a noite e aumentando o desconforto ao longo do dia.
Apesar do calor intenso, o bloqueio atmosférico não impede totalmente a ocorrência de chuva. Ainda podem ocorrer pancadas isoladas, típicas do verão, que em alguns momentos podem ser fortes e acompanhadas de raios.

Calor varia entre as regiões
O impacto da onda de calor não será igual em todo o país. No Sul, especialmente entre Santa Catarina e Paraná, o período mais crítico deve ocorrer até o Natal, na quinta-feira (25). Após esse intervalo, a tendência é de enfraquecimento gradual do calor.
Já no Sudeste e no Centro-Oeste, o cenário de temperaturas elevadas deve persistir ao longo de toda a semana, com poucas variações, principalmente durante as tardes.
Na capital paulista, os termômetros podem alcançar 35° C ou mais. Caso a cidade registre 36° C, o valor poderá se tornar a maior temperatura já observada em um mês de dezembro, reforçando a intensidade do episódio de calor, de acordo com o Climatempo.
Outro destaque da onda de calor é o aumento das temperaturas mínimas, o que resulta em noites e madrugadas abafadas, dificultando a perda do calor acumulado ao longo do dia. Segundo o Climatempo, esse padrão pode provocar maior desgaste físico, especialmente em grandes centros urbanos.
O que fazer para se proteger
Em meio ao forte calor, especialistas alertam para perigos à saúde, sobretudo para pessoas vulneráveis, como crianças e idosos. A recomendação é evitar a exposição prolongada ao sol entre 10h e 16h, manter a hidratação, usar roupas leves e utilizar protetor solar. Veja outras dicas:
- Busque abrigo em locais com sombra;
- Evite o consumo de bebidas alcoólicas;
- Faça exercícios físicos nos horários em que o sol não esteja tão forte;
- Prefira uma alimentação leve, sem gorduras ou frituras;
- Esteja atento aos sinais de exaustão e insolação, como tonturas e náuseas, e busque assistência médica se necessário.

Em caso de insolação, que ocorre devido ao superaquecimento do corpo, geralmente causado pela exposição prolongada ao sol ou esforço físico em altas temperaturas, a recomendação é colocar os pés para o alto e usar bolsas de gelo nas axilas, atrás da nuca e na virilha. Refrescar o corpo pulverizando água também pode ajudar.









