"Ditador igual a Chávez", diz Rodrigo Maia sobre Bolsonaro
Presidente disse que vai pedir abertura de processo contra os ministros Luís Roberto Barroso e Alexandre Moraes
SBT News
Ex-presidente da Câmara, o deputado Rodrigo Maia (sem partido-RJ) classificou o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) de "ditador igual a Chávez", em referência ao ex-presidente da Venezuela. A declaração veio após o chefe do Executivo dizer, neste sábado (14.ago), que pediria ao Senado abertura de processo contra os ministros Luís Roberto Barroso e Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
"Assim atuam os populistas. Depois de eleitos, atacam as instituições democráticas e tentam destruir a democracia representativa e o Estado democrático. É, na verdade, um ditador igual a Chávez", escreveu o parlamentar nas redes sociais.
Assim atuam os populistas. Depois de eleitos, atacam as instituições democráticas e tentam destruir a democracia representativa e o Estado democrático. É, na verdade, um ditador igual a Chávez. pic.twitter.com/hWOKxeSKxP
? Rodrigo Maia (@RodrigoMaia) August 14, 2021
Neste sábado, Bolsonaro disse que vai pedir a abertura de processo contra Barroso e Moraes. A declaração vem em meio a uma nova escalada na tensão entre os Poderes, após a prisão do ex-deputado Roberto Jefferson, aliado do presidente.
"Todos sabem das consequências, internas e externas, de uma ruptura institucional, a qual não provocamos ou desejamos. De há muito, os ministros Alexandre de Moraes e Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal, extrapolam com atos os limites constitucionais. Na próxima semana, levarei ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, um pedido para que instaure um processo sobre ambos, de acordo com o artigo 52 da Constituição Federal", afirmou Bolsonaro.
O artigo a que Bolsonaro se refere atribui ao Senado o poder exclusivo de "processar e julgar os ministros do Supremo Tribunal Federal, os membros do Conselho Nacional de Justiça e do Conselho Nacional do Ministério Público, o procurador-geral da República e o advogado-geral da União nos crimes de responsabilidade". Desse modo, apenas o Senado -- segundo a legislação -- tem poder de afastar um ministro da Suprema Corte por meio de processo de impeachment.