Caso Covaxin: CPI pede à PF acesso a processo sobre a Precisa
Comissão pediu ainda a íntegra do depoimento da diretora técnica da empresa, Emanuela Medrades
Gabriela Vinhal
A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pandemia aprovou nesta 5ª feira (15.jul) uma série de requerimentos que solicitam informações sobre a aquisição da vacina indiana Covaxin. Entre eles está o pedido à Polícia Federal para acessar a íntegra do processo envolvendo a Precisa Medicamentos.
O objetivo dos senadores é aproveitar o recesso parlamentar para avançar na investigação sobre supostos esquemas de corrupção no Ministério da Saúde. A comissão também pediu à PF acesso ao depoimento da diretora da empresa, Emanuela Medrades, que depôs na 4ª feira (14.jul) ao colegiado.
A força-tarefa no Caso Covaxin também solicitou informações do Mininstério da Saúde, da Receita Federal e do Exército Brasileiro. Senadores também pediram o contrato assinado entre a Precisa e a farmacêutica indiana Bharat Biotech, fabricante da Covaxin.
Ao Ministério da Saúde, foram aprovados requerimentos que solicitaram toda a documentação e os relatórios produzidos por ex-secretário executivo da Saúde Élcio Franco em relação à Precisa e a seus sócios, além dos registros de entrada do reverendo Amilton Gomes de Paulo e dos vendedores de imunizantes Luiz Dominghetti e Cristiano Carvalho, ambos da Davati Medical Supply.
O colegiado também quer saber quem foi o responsável por limitar o acesso do servidor do ministério da Saúde Luis Ricardo Miranda, irmão do deputado Luis Miranda (DEM-DF), ao sistema interno da pasta.
Requisição ao Exército
Para o Exército, a CPI aprovou requerimentos que pedem acesso aos relatórios e informações de inteligência relativos ao ex-ministro da Saúde e general Eduardo Pazuello; ao ex-secretário executivo da Saúde e coronel da resrva Élcio Franco; o ex-assessor da pasta e coronel da reserva Marcelo Blanco e o ex-chefe da Subsecretaria de Assuntos Administrativos do ministério e coronel da reserva Alexandre Martinelli Cerqueira.