Barros deve alegar decisão pessoal e deixar liderança do governo na Câmara
Planalto avalia que depoimento à CPI no cargo de líder é um mau cenário para o presidente Bolsonaro
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O deputado Ricardo Barros (PP-PR) tem sido aconselhado por auxiliares do Planalto e parlamentares aliados a deixar o cargo de líder do governo na Câmara para se defender sobre as denúncias feitas contra ele na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pandemia.
O Planalto considera ruim que Barros preste esclarecimentos aos senadores ocupando o cargo de líder do governo. Lideranças na Câmara avaliam que ele pode, a qualquer momento, anunciar a decisão de deixar o cargo que ocupa desde agosto do ano passado, depois de Bolsonaro ter feito o convite a ele.
Na manhã desta 5ª feira (1º.jul), Ricardo Barros participou, no Planalto, de reunião entre a ministra Flávia Arruda, da Secretaria de Governo, e outros deputados da base governista. Oficialmente, o assunto foi a tramitação da reforma administrativa, no Congresso. Depois da reunião, aliados estão dando como certa o anúncio da saída da liderança. No fim da reunião, quando os jornalistas tentaram entrevistas, Barros afirmou que irá se manifestar somente na CPI.
Na 6ª feira da semana passada, o deputado federal Luis Miranda (DEM- DF) revelou que o presidente Jair Bolsonaro atribuiu ao líder do governo na Câmara a responsabilidade por eventuais irregularidades no processo de compra da vacina indiana contra a Covid-19, a Covaxin. Ricardo Barros, de forma imediata, se manifestou negando qualquer envolvimento nas negociações.