Pazuello diz que aplicativo que recomendava cloroquina foi hackeado
Senadores se irritaram com contradições do ex-ministro sobre ferramenta destinada a profissionais de saúde
Em depoimento na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pandemia, o ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello disse nesta 5ª feira (20.maio) que o aplicativo TrateCov foi hackeado. A ferramenta foi lançada pela pasta no começo do ano e era destinada a profissionais da saúde. O aplicativo recomendava a prescrição de ivermectina, cloroquina e hidroxicloroquina a pacientes com covid-19, medicamentos comprovadamente ineficazes contra a doença.
"No dia que nós descobrimos que ele foi hackeado, eu mandei tirá-lo do ar imediatamente", disse Pazuello, sem especificar a data da retirada do aplicativo da internet.
A revelação surpreendeu os membros da CPI. Na última 4ª feira (19.maio), o ex-ministro havia dito que a ferramenta nunca havia sido lançado, porém em 11 de janeiro o Ministério da Saúde promoveu um evento em Manaus para lançamento o aplicativo-piloto.
Hoje, mais uma vez o general se contradisse na CPI, dizendo que o aplicativo foi "descontinuado". Apesar disso, afirmou que nenhum médico jamais o utilizou.