Pazuello culpa governadores e prefeitos de liberarem carnaval em 2020
De terno, ex-ministro presta depoimento à CPI da Pandemia
Gabriela Vinhal
O ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello culpou nesta 4ª feira (19.mai) governadores e prefeitos por manterem o carnaval de 2020, que precedeu a pandemia no país, as eleições municipais e as festas de final de ano.
Em discurso inicial na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid, o general listou ações do Ministério de Saúde de enfrentamento ao coronavírus e disse que o governo agiu "prontamente" ao decretar, em fevereiro, emergência em saúde pública.
"O desconhecimento dos riscos da pandemia levou alguns gestores a manterem e incentivarem o Carnaval em 2020. E, novamente, o desconhecimento da gravidade das nossas cepas que circulavam pelo mundo no final de 2020 permitiu às autoridades estaduais e municipais conduzirem os processos eleitorais e as festas de final de ano", afirmou.
Pazuello depõe nesta manhã à CPI após o Supremo Tribunal Federal (STF) aceitou o pedido da Advocacia-geral da União (AGU) e concedeu um habeas corpus e autorizar que o ex-ministro possa escolher ficar em silêncio em perguntas referentes à sua gestão. No entanto, deverá responder questionamentos relacionados a terceiros, como sobre determinações do presidente Jair Bolsonaro (sem partido).
Sem farda, o general optou por ir ao colegiado de terno, como um civil. Mas acompanhado de um assessor do Exército. E, como em um consenso, senadores do "G7", grupo formado por parlamentares de oposição e independentes ao Planalto, deverão tratá-lo como um senhor, e não como general.