Flávio Bolsonaro amplia tropa de choque do governo em CPI
Oficialmente fora do colegiado, filho do presidente vai à comissão em depoimentos de aliados do Planalto
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O senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) ampliou a tropa de choque do governo na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pandemia. O filho do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), que não é membro nem suplente do colegiado, tampouco ocupa qualquer cargo de liderança no Senado, tem marcado presença na comissão para blindar o Palácio do Planalto nas investigações.
Das nove reuniões da CPI, Flávio participou de três: da abertura da CPI e de duas de depoimentos. As oitivas em que o filho do presidente ocupou o plenário da comissão foram de dois aliados do pai: o ex-secretário de Comunicação da Presidência Fabio Wajngarten e o ex-ministro das Relações Exteriores Ernesto Araújo.
Em ambos os casos, o governo se preocupou com o teor dos depoimentos. Isso porque tanto Wajngarten quanto Araújo foram convocados como testemunha e, portanto, teriam a obrigação de responder aos questionamentos e de falar a verdade. Em uma das ocasiões, inclusive, Flávio chamou o relator da comissão, Renan Calheiros (MDB-AL), de "vagabundo", após o senador ter ameaçado Wajngarten de prisão, acusando-o de ter mentido aos parlamentares.
+ Flávio Bolsonaro chama Renan Calheiros de "vagabundo" na CPI da Covid
O governo reúne quatro titulares governistas: Marcos Rogerio (DEM-RO), Eduardo Girão (Podemos-CE), Jorginho Mello (PL-SC) e Ciro Nogueira (PP-PI). Mas, no decorrer da CPI, já substituiu o senador Zequinha Marinho (PSC-PA), que ocupava uma vaga de suplente, pelo líder do governo no Senado, Fernando Bezerra (MDB-PE).