Governistas batem-boca com senadoras por ordem de perguntas a Teich

Durante segunda sessão de depoimentos, governistas bateram-boca com senadoras nesta 4ª feira (5.mai), n a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pandemia, por causa da ordem de perguntas ao ex-ministro da Saúde Nelson Teich. 

"Só não entendo o porquê de tanto medo das vozes femininas aqui", disse Eliziane Gama (Cidadania-MA). "As pessoas ficam querendo dar uma outra versão, como se estivéssemos perseguindo as mulheres. Quem está perseguindo as mulheres é seu partido que não lhe indicou, senadora", retrucou Ciro Nogueira (PP-PI).

Além de Nogueira, Marcos Rogerio também discutiu com Eliziane e Simone Tebet (MDB-MS), porque ambas não são membros ou suplentes da CPI e falaram logo após o relator, Renan Calheiros (MDB-AL), e o vice-presidente, Randolfe Rodrigues (Rede-AP).

Pelo regimento, parlamentares que não são integrantes da comissão só teriam direito a fala após todos os titulares e substitutos discursarem. No entanto, no fim da sessão de 3ª feira (4.mai), o presidente do colegiado, Omar Aziz (PSD-BA), fez um acordo com o colegiado para que, nesta manhã, pudessem falar ainda no início da reunião. 

"É muito lamentável que a gente tenha todo esse debate. Por favor, senador Marcos Rogério, eu não posso falar? Então pronto. Não pode falar nada que vocês ficam descontrolados, com todo o respeito", disse Eliziane.

 "Vossa Excelência começou a ficar descontrolado desde ontem. Por favor, senador Ciro, Vossa Excelência está assim desde o inicio dessa CPI (...) E nem eu aguentando grito de homem. Vossa excelência pensa o que, senador? Que vai controlar a gente?", reforçou, dessa vez a Ciro Nogueira. 

Após o bate-boca, Aziz chamou o senador piauiense e Marcos Rogerio para conversar fora do plenário da comissão. O presidente da CPI, segundo interlocutores dos senadores, pediu que não parassem a briga com as senadores e que, no fim da sessão, em reunião com os membros, resolveriam o impasse quanto ao tema.