Enxurrada de requerimentos deve esvaziar eficiência da CPI da Pandemia
Número de pedidos surpreende e pode atrapalhar resultado da investigação
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A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pandemia terá o segundo encontro só na 5ª feira (29.abr). Mas, até o momento, já foram protocolados 238 requerimentos de convocação, pedido de informação, compartilhamento de documentos e inquéritos em andamento pelas Polícias Civil e Federal. O alto número de ofícios surpreendeu técnicos do Senado, que alertam para eventual ineficiência do colegiado.
A força-tarefa é movida majoritariamente por integrantes do "G7", grupo de parlamentares de oposição e independência em relação ao Palácio do Planalto que são membros da comissão e que mapearam áreas do governo atuantes no enfrentamento à pandemia.Na avaliação dos consultores, a estratégia pode esvaziar os trabalhos e investigação não chegará a lugar algum. Em questão de minutos, por exemplo, 30 ofícios foram apresentados.
Instalada na última 3ª feira (27.abr), a CPI analisará a conduta do governo federal e os repasses federais a estados e municípios. Entre os requerimentos apresentados por opositores, há convocação de autoridades e de ministros do presidente Jair Bolsonaro (sem partido). O relator do colegiado, Renan Calheiros (MDB-AL), apresentou eixos de seu plano de trabalho, que deve ser aprimorado e votado na 5ª feira.
A estratégia do governistas, por sua vez, é focar nos governadores e prefeitos, na tentativa de desviar o foco do Executivo. O líder do DEM na Casa, Marcos Rogério (RO), já protocolou pedido de covocação do governador de São Paulo, Joao Doria (PSDB), ex-aliado de Bolsonaro.