Daniel Silveira, o ex-PM que acumulou 60 sanções disciplinares
Deputado federal foi preso por ataques a ministros do Supremo
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Antes de se tornar o deputado federal preso por atacar os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), Daniel Silveira acumulou 60 sanções disciplinares na Policial Militar no Rio de Janeiro durante os cinco anos em que integrou a corporação como soldado. Prestes a completar seis anos na PM, ele saiu da corporação em 2018 quando foi eleito parlamentar.
O deputado federal foi preso em ação da Polícia Federal por determinação do ministro Alexandre de Moraes, do STF, decisão que foi referendada pelo plenário da Suprema Corte por 11 votos a 0. A Procuradoria-Geral da República ofereceu denúncia contra o parlamentar em que o acusa de "incitar o emprego de violência e grave ameaça para tentar impedir o livre exercício dos Poderes Legislativo e Judiciário, por duas vezes, e incitar a animosidade entre as Forças Armadas e o STF, ao menos uma vez".
De acordo com a ficha disciplinar de Silveira obtida pelo SBT News, o comportamento de Silveira foi mau avaliado pelo comando da PM do Rio de Janeiro "em virtude de numerosas transgressões disciplinares cometidas ao longo dos anos de 2013 e 2017, por atrasos e faltas aos serviços, perfazendo um total de 60 (sessenta) sanções disciplinares", informou o documento.
Em seu histórico funcional na corporação constam 26 dias de prisão, 54 dias de detenção, 14 repreensões e duas advertências, "ficando cristalina sua inadequação ao serviço policial militar, mesmo tendo recebido inúmeras oportunidades, confirmando ineficiência do caráter educativo".
Em 2018, o então soldado Lucio, como era conhecido na corporação, respondeu a processo administrativo por ter gravado vídeos em que aparece fardado dentro de uma viatura em dia de folga proferindo ataques a líderes religiosos e à imprensa, "utilizando palavras de calão, comportamento este incondizente com a condição de policial militar que o mesmo deixa explícita nas imagens", segundo informou o relatório. Ele acabou absolvido pelo comandante-geral que afirmou não ter encontrado indícios de crime.
Anos antes, quando trabalhava como cobrador de ônibus em Petrópolis, Silveira respondeu processo por apresentar atestado médico falso e acusação de venda ilegal de anabolizantes no município fluminense. Os processos foram suficientes para ele ser reprovado no concurso para entrar para a PM no quesito "exame social". Ele recorreu à Justiça e obteve aval para entrar para a corporação.
Ainda como candidato a deputado federal, ele ganhou notoriedade ao aparecer ao lado do deputado estadual Rodrigo Amorim (PSL-RJ) quebrando uma placa de rua com o nome da vereadora Marielle Franco, assassinada em março de 2018. A atitude foi comemorada por Flavio Bolsonaro que, na ocasião, afirmou que era uma forma de restaurar a ordem.
No Câmara, das 15 ausências desde 2019, Silveira deixou de justificar seis.
Ficha de Daniel Silveira na PMERJ | Reprodução
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O deputado federal foi preso em ação da Polícia Federal por determinação do ministro Alexandre de Moraes, do STF, decisão que foi referendada pelo plenário da Suprema Corte por 11 votos a 0. A Procuradoria-Geral da República ofereceu denúncia contra o parlamentar em que o acusa de "incitar o emprego de violência e grave ameaça para tentar impedir o livre exercício dos Poderes Legislativo e Judiciário, por duas vezes, e incitar a animosidade entre as Forças Armadas e o STF, ao menos uma vez".
De acordo com a ficha disciplinar de Silveira obtida pelo SBT News, o comportamento de Silveira foi mau avaliado pelo comando da PM do Rio de Janeiro "em virtude de numerosas transgressões disciplinares cometidas ao longo dos anos de 2013 e 2017, por atrasos e faltas aos serviços, perfazendo um total de 60 (sessenta) sanções disciplinares", informou o documento.
Em seu histórico funcional na corporação constam 26 dias de prisão, 54 dias de detenção, 14 repreensões e duas advertências, "ficando cristalina sua inadequação ao serviço policial militar, mesmo tendo recebido inúmeras oportunidades, confirmando ineficiência do caráter educativo".
Em 2018, o então soldado Lucio, como era conhecido na corporação, respondeu a processo administrativo por ter gravado vídeos em que aparece fardado dentro de uma viatura em dia de folga proferindo ataques a líderes religiosos e à imprensa, "utilizando palavras de calão, comportamento este incondizente com a condição de policial militar que o mesmo deixa explícita nas imagens", segundo informou o relatório. Ele acabou absolvido pelo comandante-geral que afirmou não ter encontrado indícios de crime.
Anos antes, quando trabalhava como cobrador de ônibus em Petrópolis, Silveira respondeu processo por apresentar atestado médico falso e acusação de venda ilegal de anabolizantes no município fluminense. Os processos foram suficientes para ele ser reprovado no concurso para entrar para a PM no quesito "exame social". Ele recorreu à Justiça e obteve aval para entrar para a corporação.
Ainda como candidato a deputado federal, ele ganhou notoriedade ao aparecer ao lado do deputado estadual Rodrigo Amorim (PSL-RJ) quebrando uma placa de rua com o nome da vereadora Marielle Franco, assassinada em março de 2018. A atitude foi comemorada por Flavio Bolsonaro que, na ocasião, afirmou que era uma forma de restaurar a ordem.
No Câmara, das 15 ausências desde 2019, Silveira deixou de justificar seis.
Ficha de Daniel Silveira na PMERJ | Reprodução
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