Congresso
Marilia Arraes nega acordo com Lira e diz ser alvo de animosidade do PT
Apesar de ter sido eleita para cargo na Mesa Diretora, deputada lançou candidatura contra vontade do partido
Ricardo Chapola
• Atualizado em
Publicidade
A deputada federal Marília Arraes (PT-PE) disse nesta sexta-feira (5.fev) que está sendo alvo da animosidade do PT por ter se lançado na disputa à Segunda Secretaria da Mesa Diretora Câmara contra a vontade do partido. Marília Arraes foi eleita e se tornou a terceira mulher a assumir o cargo.
A decisão dela em ser candidata irritou alguns membros da bancada, já que o PT já tinha um candidato oficial - eleito pela maioria. Na quarta-feira, a sigla decidiu indicar a candidatura do deputado João Daniel (PT-SE).
Marília chegou a ser a candidata da legenda antes do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), anular a composição da Mesa Diretora na segunda-feira (1.fev) sob o argumento de que o PT se atrasou no prazo de inscrição.
A presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, afirmou em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo que o caso teria que ser debatido internamente pelos demais dirigentes.
"A atitude da deputada rompe procedimento estatutário do PT e isso terá de ser analisado nas instâncias partidárias", disse.
No texto, Marília nega que tenha feito um acordo com Lira para ter sido eleita e questiona o motivo de o deputado Paulo Guedes (PT-MG) não ter sido criticado pelo PT já que ele também lançou candidatura avulsa para disputar a Segunda Secretaria da Mesa Diretora.
"Desde a segunda-feira, alguns parlamentares se arvoraram em afirmar a existência de um suposto apoio do presidente da Câmara, Arthur Lira, e seu grupo. Apoio este que teria sido "essencial" para minha eleição", disse. "Se houvesse tal acordo, vindo de um presidente recém eleito com 302 votos, não precisaríamos fazer muitas contas para saber que eu teria sido eleita sem a necessidade de segundo turno e com uma margem muito mais ampla de votos, afinal estaria "amparada" pela base do Centrão".
Não é a primeira vez que Marília e o PT se desentendem. E a deputada faz questão de mencionar isso na nota. Ela disse que sempre defendeu seu partido até mesmo quando a legenda a impediu de ser candidata a governadora de Pernambuco, em 2018, e não ter sido apoiada na disputa municipal em 2020, quando foi candidata à prefeitura do Recife.
"Defendi o PT em diversos momentos difíceis, até mesmo, por exemplo, quando fui impedida pelo partido de ser candidata a governadora e quando me candidatei a prefeita, defendendo as bandeiras do partido dos ataques mais baixos feitos por parte do PSB, numa campanha que chamou a atenção do paíspela baixaria do adversário e por significar uma renovação nos quadros da esquerda".
A decisão dela em ser candidata irritou alguns membros da bancada, já que o PT já tinha um candidato oficial - eleito pela maioria. Na quarta-feira, a sigla decidiu indicar a candidatura do deputado João Daniel (PT-SE).
Marília chegou a ser a candidata da legenda antes do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), anular a composição da Mesa Diretora na segunda-feira (1.fev) sob o argumento de que o PT se atrasou no prazo de inscrição.
"Destaco ainda que além de mim, os colegas Paulo Guedes (PT/MG) e João Daniel (PT/SE) fizeram inscrições avulsas. Já a partir daí comecei a ser alvo de grande animosidade por parte de alguns representantes do meu partido. É igualmente triste ver e ouvir declarações inverídicas sobre minha conduta partidária e comprometimento coletivo. Golpe, traição e outros adjetivos que tentam imputar a mim não são palavras que fazem parte do meu vocabulário e muito menos da minha forma de fazer política" - diz Marilia Arraes, em nota.
A presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, afirmou em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo que o caso teria que ser debatido internamente pelos demais dirigentes.
"A atitude da deputada rompe procedimento estatutário do PT e isso terá de ser analisado nas instâncias partidárias", disse.
No texto, Marília nega que tenha feito um acordo com Lira para ter sido eleita e questiona o motivo de o deputado Paulo Guedes (PT-MG) não ter sido criticado pelo PT já que ele também lançou candidatura avulsa para disputar a Segunda Secretaria da Mesa Diretora.
"Desde a segunda-feira, alguns parlamentares se arvoraram em afirmar a existência de um suposto apoio do presidente da Câmara, Arthur Lira, e seu grupo. Apoio este que teria sido "essencial" para minha eleição", disse. "Se houvesse tal acordo, vindo de um presidente recém eleito com 302 votos, não precisaríamos fazer muitas contas para saber que eu teria sido eleita sem a necessidade de segundo turno e com uma margem muito mais ampla de votos, afinal estaria "amparada" pela base do Centrão".
Não é a primeira vez que Marília e o PT se desentendem. E a deputada faz questão de mencionar isso na nota. Ela disse que sempre defendeu seu partido até mesmo quando a legenda a impediu de ser candidata a governadora de Pernambuco, em 2018, e não ter sido apoiada na disputa municipal em 2020, quando foi candidata à prefeitura do Recife.
"Defendi o PT em diversos momentos difíceis, até mesmo, por exemplo, quando fui impedida pelo partido de ser candidata a governadora e quando me candidatei a prefeita, defendendo as bandeiras do partido dos ataques mais baixos feitos por parte do PSB, numa campanha que chamou a atenção do paíspela baixaria do adversário e por significar uma renovação nos quadros da esquerda".
Publicidade