Favorito no Senado, Pacheco fala em conciliar auxílio e teto de gastos
Possibilidades incluem criação de programa semelhante ao auxílio de 2020 ou um incremento no Bolsa Família
Soane Guerreiro
"Um compromisso muito fiel e muito grande com a responsabilidade fiscal, com a obediência ao teto de gastos. Não se pode gastar aquilo que não se tem. No entanto, nós temos que reconhecer que a pandemia não terminou. Há pessoas alcançadas de maneira muito severa pela pandemia e que demandam uma assistência do estado", afirmou o candidato.
O líder do Democratas disse ainda que a definição de como seria esse benefício deve sair da reunião do Colégio de líderes "Se isso se dará em uma modalidade de auxílio emergencial ou algo análogo a isso, a um novo programa, ou a um incremento do Bolsa Família, essa é uma solução que se dará a partir de uma reunião do colégio de líderes do Senado. Que se possa instituir o diálogo para poder definir a melhor forma de fazer isso".
Se eleito, o candidato disse que será fundamental um diálogo estreito com o Ministério da Economia.
Pacheco conta com a simpatia pública do presidente Jair Bolsonaro e do atual presidente do Senado, Davi Alcolumbre. Questionado sobre a posição de Bolsonaro sobre a segurança das urnas eletrônicas e da possibilidade de discutir o voto impresso, ele disse que era necessário desfazer a dúvida sobre a Justiça Eleitoral e que seria de bom proveito ter esta discussão no parlamento.
"As eleições no Brasil são regulares, a justiça também afirma essa regularidade de que não há fraude. Há segmentos da sociedade, inclusive o próprio presidente da República, que lança dúvidas e indícios sobre a lisura do procedimento eleitoral. Isso precisa ser dirimido, até para o bem da própria sociedade sobre a Justiça Eleitoral brasileira, à luz de aspectos técnicos para se aferir se há possibilidade de fraude ou não".
Pacheco está investindo em conversas individuais com os senadores e, segundo ele, quase todos já foram contatados. Os demais componentes que podem fazer parte da Mesa Diretora ainda não foram anunciados.
Os novos integrantes da mesa do Senado, composta pelo presidente, dois vice-presidentes e quatro secretários, serão eleitos no dia 1ª de fevereiro, em votação secreta e presencial.