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Cinema

Frida Kahlo: 70 anos de morte e a voz da artista no documentário "Frida"

SBT News conversou com exclusividade com a diretora do filme Carla Gutiérrez

Imagem da noticia Frida Kahlo: 70 anos de morte e a voz da artista no documentário "Frida"
Documentário sobre Frida nos leva a uma jornada profunda sobre Frida | Reprodução
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Neste mês de julho faz 70 anos da morte de Frida Kahlo (06/07/1907 - 13/07/1954). Sete décadas se passaram, mas sua arte e trajetória continuam inspirando gerações. O documentário "Frida", já disponível no Prime Vídeo, nos leva a uma jornada profunda e emocionante por sua vida e obra, e é a própria pintora mexicana que conta sua história.

Documentário sobre Frida nos leva à jornada profunda sobre Frida | Divulgação
Documentário sobre Frida nos leva à jornada profunda sobre Frida | Divulgação

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Frida Kahlo repetia que não pintava seus sonhos, mas sua realidade. Foi mostrando sua trajetória dolorosa com cores vibrantes e autorretratos marcantes que se tornou um ícone da cultura pop. Mais do que uma artista surrealista, um símbolo da resiliência e da força feminina.

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A diretora de "Frida", Carla Gutiérrez nos contou que mergulhou nas próprias palavras de Frida para revelar a mulher por trás da imagem icônica: reuniu diários e cartas, que revelam desde uma infância cheia de traumas físicos, até o turbilhão de paixões e desamores que marcaram a relação com Diego Rivera.

Frida Kahlo | Divulgação
Frida Kahlo | Divulgação
"Há muitas cartas que ela enviou aos seus entes queridos, seu diário pessoal. Existem algumas entrevistas curtas que ele deu no final de sua vida. Então, eu nunca tinha visto um documentário antes, que realmente desse foco na voz e nas palavras dela. Foi uma forma de fazer isso para oferecer uma visão íntima dessa personagem importante em nossas vidas", conta a diretora.

Tudo é contado com uma sinceridade brutal e tocante e entrelaça a narrativa com animações de obras de arte, dando vida aos seus quadros e nos permitindo mergulhar ainda mais em seus sentimentos e pensamentos.

Frida Kahlo | Divulgação
Frida Kahlo | Divulgação
"Escolhemos trechos dessas cartas, trechos do diário dela que pudessem nos dar essa imagem da Frida, íntima, mas focada mesmo nos sentimentos, nas emoções dela. Não necessariamente nos acontecimentos de sua vida, mas no que ela sentiu. Porque acho que uma razão muito importante pela qual continuamos a nos conectar com ela é que ela nos ofereceu uma expressão muito honesta de seu ser. Não escondeu as partes difíceis, não escondeu a dor, enfrentou de frente. É por isso que tem tantos seguidores até agora. Mas para nós o importante foi apresentar uma noção muito íntima do que ela era, com todos os seus problemas. Não apenas apresentá-la como um símbolo feminista, ou um símbolo de liberdade sexual, talvez. Mas a pessoa complexa, com dificuldades, com fragilidade. Queríamos muito apresentar uma mulher completa e focar nos traços humanos porque é por isso que nos conectamos com a arte dela, porque mostrou tudo com honestidade", conta Carla

O documentário foi feito com uma equipe formada por muitas mulheres da Cidade do México, mesmo local onde nasceu Frida, já que a diretora queria passar um olhar feminino perante às dores e lutas da artista.

Frida Kahlo | Divulgação
Frida Kahlo | Divulgação
"Frida falou sobre a experiência de uma mulher de uma forma muito íntima. Principalmente a experiência de que às vezes nós, como mulheres, não falamos, não sentimos que essas coisas sobre nós são importantes. Muitas vezes a sociedade nos diz que essas coisas não são importantes. Nossos pensamentos sobre ter filhos, nossos desejos carnais, nossos desejos sexuais, não falamos sobre eles, não os tornamos públicos. Então para nós foi muito importante ter muitas mulheres que entendem a importância que a Frida tem nas nossas vidas. Falar realmente deu a ela um refúgio para seus sentimentos. Então quero que as pessoas saiam pensando que isso é bom, expressar tudo de uma forma honesta, sem apenas tentar nos mostrar de uma forma perfeita. É importante e é bom para a gente, faz bem ao nosso espírito", conclui a diretora.
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