Irmãos acusados de matar família são condenados a mais de 50 anos de prisão
Os corpos foram encontrados em São Bernardo do Campo. Outras três pessoas estão presas por envolvimento no caso
Airton Salles Jr.
A Justiça condenou, nesta 2ª feira (21.ago), os irmãos acusados de roubar, matar e queimar uma família em São Bernardo do Campo, no ABC Paulista. Outras três pessoas, incluindo a filha das vítimas, estão presas por envolvimento no crime, que aconteceu em janeiro de 2020.
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O júri popular de Juliano Oliveira Ramos Júnior e Jonathan Fagundes Ramos aconteceu no Fórum de Santo André, na região metropolitana de São Paulo e durou mais de 12 horas. Os dois confessaram que entraram na casa com uma arma falsificada e como não encontraram dinheiro, concordaram com a ideia dada pela filha do casal, Ana Flávia, de matar a família.
A confissão da dupla marcou uma mudança no discurso dos réus, que antes negavam ter cometido o crime e acusavam a prima, e então namorada de Ana Flávia, pelo assassinato. Juliano Oliveira Ramos Júnior foi condenado a 65 anos, 5 meses e 10 dias de prisão em regime inicial fechado e Jonathan Fagundes Ramos pegou 56 anos, 2 meses e 20 dias. De acordo com as investigações, eles queriam roubar R$ 85 mil que estariam num cofre.
Os outros três envolvidos foram condenados em junho deste ano. Ana Flávia Martins Gonçalves, condenada a mais de 61 anos de prisão, Carina Ramos de Abreu, a então namorada dela, punida com mais de 74 anos em regime fechado e Guilherme Ramos da Silva, recebeu a sentença de mais de 56 anos de prisão.
Relembre o caso
O empresário Romuyuki Veras Gonçalves, de 43 anos, a esposa dele, Flaviana de Meneses Gonçalves, de 40, e o filho deles, o estudante Juan Victor Gonçalves, de 15, foram encontrados carbonizados no porta-malas do carro da família, em uma estrada de terra. Antes disso, os três foram torturados dentro de casa.
Câmeras de segurança do condomínio onde a família morava, em Santo André, também no ABC Paulista, mostraram a chegada dos criminosos escondidos dentro do carro de Ana Flávia e Carina. O veículo entrou logo atrás do carro do empresário.
A estratégia dos envolvidos, durante a investigação da polícia, era jogar a culpa das mortes um no outro. Com o julgamento dos últimos acusados, o caso que chocou todo o país, está encerrado.
Ambos foram condenados por homicídio triplamente qualificado, ocultação de cadáver, roubo e associação criminosa. Eles podem recorrer da decisão, mas devem permanecer presos.