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SSP confirma 12 mortes em operação no Guarujá (SP)

Operação Escudo acontece no litoral desde a morte de um soldado da Rota, na última 5ª feira

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policiais durante operação no Guarujá
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A Secretaria de Segurança Pública de São Paulo informou, nesta 3ª feira (1º.ago), que subiu para 12 o número de mortos durante a Operação Escudo, realizada em resposta à morte do soldado da Rota Patrick Bastos Reis.

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Segundo a pasta, todas as mortes serão investigadas pela Divisão Especializada de Investigações Criminais (DEIC) de Santos. As imagens das câmeras corporais dos policiais também serão anexadas aos inquéritos.

Em coletiva realizada na manhã de ontem (31.jul), Tarcísio de Freitas, governador de São Paulo, afirmou que a operação vai seguir acontecendo na Baixada Santista durante todo o mês de agosto. Ainda segundo o mandatário, "não houve excesso" na atuação da Polícia.

Ao contrário do que diz Tarcísio, a Ouvidoria das Polícias de São Paulo diz que vai apurar denúncias de abuso policial nas comunidades do Guarujá. Moradores denunciam que policiais estão torturando e matando inocentes, em uma espécie de vingança pela morte do soldado Reis.

"Temos recebido relatos de uma atuação violenta por parte das forças de segurança no local, que contabiliza até este momento uma dezena de mortes, registradas em boletim de ocorrência, bem como de ameaças constantes à população das comunidades daquela cidade. Diversos órgãos de Direitos Humanos e movimentos sociais vêm relatando uma série de possíveis violações de direitos na região, à margem da legalidade, com indicativos de execução, tortura e outros ilícitos nas ações policiais na região, por ocasião da referida operação", disse o Ouvidor das Polícias de São Paulo, Claudio Silva.

Até o momento, a Operação Escudo prendeu 32 suspeitos e apreendeu mais de 20kg de droga. Um dos presos é Erickson David da Silva, o suspeito de ter atirado no PM da Rota. Em um vídeo, que circula nas redes sociais, o suspeito disse que estava se entregando para que o governo parasse com a "matança" na região.

Policial da Rota morto no Guarujá

O soldado Patrick Bastos Reis, do 1º Batalhão de Polícia de Choque da Rota (Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar), morreu após ser baleado no tórax, com um disparo de pistola 9mm, quando realizava um patrulhamento com outros três policiais nas proximidades da comunidade Vila Zilda, no Guarujá, na noite de 5ª feira (27.jul). Patrick, que tinha 30 anos, estava na corporação há 5 anos. Ele deixou a esposa e um filho de dois anos.

Patrick Bastos Reis, soldado da Rota, tinha 30 anos | Reprodução/Redes sociais

Na 6ª feira (28.jul), Derrite afirmou que o governo não iria descansar enquanto não achasse os responsáveis pela morte do policial da Rota. "Não vamos descansar enquanto não acharmos os responsáveis por esse crime", disse ele em seu Twitter.

O suspeito de ter atirado no soldado Reis, Erickson David da Silva, se entregou à Corregedoria da Polícia Militar, no início da noite de domingo (30.jul). Em um vídeo, que circula nas redes sociais, o suspeito disse que estava se entregando para que o governo terminasse com a "matança".

"Eu quero falar para o Tarcísio e o Derrite parar de fazer a matança, matando uma pá de gente inocente, querendo pegar minha família, sendo que eu não tenho nada a ver. Estão me acusando aí, eu vou me entregar, não tem nada a ver", disse Erickson.

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