Casal que sequestrou bebê em São Paulo presta depoimento
Eles afirmaram que levariam a criança ao Conselho Tutelar para que ela não sofresse maus-tratos
José Luiz Filho
O casal que sequestrou um bebê de um ano em São Paulo prestou depoimento nesta 5ª feira (6.jul). Os dois disseram que levariam a criança ao Conselho Tutelar para que ela não sofresse maus-tratos. Eles foram soltos, mas estão proibidos de se aproximar da mãe e da filha.
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O casal chegou à delegacia, na zona sul de São Paulo, escondido dos jornalistas e sem mostrar o rosto. A mulher, que dizia se chamar Sandra, foi identificada como Luciene Ferreira Leite Rodrigues, cabeleireira, de 48 anos. O marido é Robson Rodrigues, motorista, de 37 anos.
Os dois apresentaram aos delegados a mesma versão, disseram que entregariam a menina ao Conselho Tutelar para que ela não fosse levada para a Bahia pelo suposto pai e sofresse maus-tratos.
"Ela pretendia levar essa criança pro Conselho Tutelar, só que pesquisaram e no sábado e no domingo não estava aberto, e disseram que iam levar na 2ª feira. Aí eu questionei: 'por que não levou na segunda de manhã?' Aí ele falou: 'meu marido trabalha e se tivesse faltado teria perdido emprego'", afirmou o delegado Marcel Druziani.
Isabela foi deixada num comércio em Santo André, no ABC Paulista, na última 2ª feira à noite, três dias depois de ser sequestrada na zona sul da capital.
O crime foi registrado por câmeras de segurança. Robson aparece no vídeo pegando a bebê do colo da esposa e foge.
Perto dali, a mãe se desespera quando dá conta da ausência da filha. A mulher que tenta consolá-la é Luciene. Segundo a polícia, ela já teria tentado aliciar Evanisa várias vezes para ficar com a bebê, ofereceu dinheiro e cestas básicas, propostas que foram negadas pela mãe.
O casal foi indiciado por sequestro. Apesar da gravidade do crime, o delegado decidiu não pedir a prisão dos dois, apenas determinou que a mulher e o marido não se aproximem e nem mantenham contato com a mãe de Isabela. Caso desobedeçam, eles poderão ser detidos e responder também por interferência na investigação.
"É sequestro, claro. Ela não podia ter feito isso, tomar a lei nas próprias mãos", diz o delegado.
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