Atraso dos dias frios afeta a pesca da tainha em Florianópolis (SC)

Ansiosos os pescadores se reúnem logo cedo na praia para aguardar a chegada dos cardumes trazidos pelo vento sul e pelas temperaturas frias que marcam a transição do outono para o inverno. 

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A pesca artesanal de arrasto na praia foi aberta em 1º de maio, mas desde então, o clima não tem colaborado e os tão esperados cardumes vindos da Lagoa dos Patos, no Rio Grande do Sul, não apareceram. No primeiro mês da temporada a captura foi quase quarenta por cento menor se comparada ao mesmo período do ano passado.

Foram apenas 35 mil tainhas pescadas, contra cinquenta e seis mil em dois mil e vinte e dois. Enquanto os grandes cardumes não chegam, os pescadores jogam baralho e interagem com o resto da comunidade que este ano foi surpreendida com uma boa novidade.

Os ranchos usados pelos pescadores foram reformulados e vários deles surgiram todos coloridos para interagir e alegrar o ambiente na praia de Jurerê, em Florianópolis. 

Apesar de serem provisórios, o modelo deve ser usado em todas as praias da região. A ideia de mudar o visual dessas casinhas foi dos próprios pescadores em conjunto com a comunidade. Segundo o Subsecretário Municipal da Pesca, Adriano Weickert, foram eles que pensaram em tudo desde a estética dos ranchinhos, as cores e até os locais onde seriam instalados.  

Mesmo com a baixa na pesca durante o mês de maio, as projeções da Secretaria Municipal da Pesca são otimistas.

Segundo o Subsecretário "as condições climáticas estão mudando e a previsão é da entrada de uma forte frente fria com ventos vindos do sul, o que deve trazer os grandes cardumes e a expectativa é de ultrapassar tranquilamente a marca das cento e quarenta e quatro mil tainhas pescadas no ano passado".

Enquanto os grandes cardumes não encostam os pescadores colocam em prática a velha "arte de esperar", eles sabem que a tainha é um peixe migratório, que não tem um período certo para encostar, mas quando ela aparece eles têm que estar prontos para fazer o cerco.

Um teste para a paciência... e enquanto esperam, os olhares estão sempre voltados para o horizonte e qualquer movimentação na água é checada, pois eles sabem que a qualquer momento as tainhas devem chegar...