RJ: polícia prende quadrilha que aplicava golpe do falso ensaio fotográfico
Vítimas pagavam até R$ 5 mil por ensaios fotográficos que nunca aconteceram

Liane Borges
Foi presa, no Rio de Janeiro, uma quadrilha suspeita de aplicar golpes em mulheres com a promessa de agenciamento para campanhas publicitárias. As vítimas pagavam até R$ 5 mil por ensaios fotográficos que nunca aconteceram.
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Uma artista plástica ouvida pela reportagem recebeu uma proposta que parecia irrecusável: viajar pelo país como modelo da terceira idade e ganhar R$ 25 mil. "Mexeu realmente com a minha autoestima, de verdade. E eu fui, marcaram o meu dia de maquiagem, de roupa, de tudo", conta.
Os principais alvos da quadrilha eram mulheres de 48 anos. Quatro pessoas foram presas em flagrante: o dono do negócio, Carlos Feldman, e três funcionários O filho de Carlos está foragido. Ele e o pai respondem a mais de 20 processos na Justiça.
Quando a polícia chegou à falsa agência de modelos, sete mulheres aguardavam para ser atendidas. Três delas já tinham fechado contrato e feito o pagamento para participar de supostas campanhas publicitárias. Os estelionatários já haviam aberto outras empresas de fachada para oferecer os mesmos serviços -- no Rio e em São Paulo.
O último endereço foi no Leblon, bairro nobre da zona sul carioca. Os acusados usavam salas temporárias, alugadas por R$ 11 mil por mês -- pagos com dinheiro das vítimas.
A farsa contava com uma propaganda convincente pelas redes sociais. "colocam pessoas pra falarem no Instagram, mas que não são pessoas, não são clientes; são apenas forjados, são pessoas que eles pagam pra falar, dar comentários e fingir que foram clientes e se deram bem com o agenciamento", conta a delegada Daniela Terra.
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