"Vaticano trabalhará para que crianças ucranianas voltem para casa", diz papa
Governo russo é investigado de participar da deportação forçada de menores durante a guerra
Camila Stucaluc
O papa Francisco afirmou, no domingo (30.abr), que o Vaticano irá trabalhar para facilitar o retorno das crianças ucranianas levadas para a Rússia durante a guerra. Segundo o pontífice, que ainda confirmou o auxílio da Santa Sé nas negociações de paz, o assunto deve ser tratado logo para não provocar uma nova escalada no conflito.
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"A Santa Sé atuou como intermediária em algumas situações de troca de prisioneiros, e através da embaixada correu bem, então penso que isto também pode correr bem. É um problema de humanidade antes de ser um problema de um saque de guerra ou movimento de guerra. Temos de fazer tudo o que é humanamente possível", disse o papa.
A declaração acontece um mês após o Tribunal Penal Internacional emitir um mandado de prisão contra o presidente russo, Vladimir Putin, e contra comissária para os Direitos da Criança, Maria Alekseyevna. Ambos são acusados de participar da deportação forçada de crianças ucranianas, sobretudo daquelas procedentes de áreas ocupadas.
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Como a Rússia não reconhece a Corte, no entanto, os mandados não podem ser cumpridos, a não ser que os alvos visitem algum país que participa do tratado de Haia. Além da deportação de crianças, o governo ucraniano pede a investigação das ações russas nas cidades de Bucha e Izyum, onde centenas de mortos foram encontrados.