Empresária é feita refém por 8 horas e tem R$ 40 mil roubados na Grande SP
Criminosos enviaram vídeos e fizeram ligações para os familiares da vítima durante o sequestro

Victor Ferreira
Uma empresária viveu momentos de terror sob a mira de bandidos, na região metropolitana de São Paulo. Ela foi colocada à força em um carro, que rodou vários quilômetros, enquanto integrantes de uma quadrilha faziam compras e transferências, deixando um prejuízo de R$ 40 mil.
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Os criminosos enviaram vídeos e fizeram chamadas de vídeo com parentes da vítima. "Faz o pix se não vai morrer, entendeu?", diz o sequestrador em uma das imagens.
A comerciante. que tem uma padaria em Itapevi, na Grande São Paulo, havia acabado de deixar o filho na casa da babá. Ao sair da rua, o carro dos bandidos, que estava parado no acostamento, foi pra cima do dela. Os veículos bateram. Três criminosos anunciaram o assalto.
"Eu pensei que ele queria só o carro. Eu disse: 'toma, toma.' Ele disse: 'toma nada', aí eu entrei pra dentro do carro dele, ele me jogou pra dentro", conta a vítima.
Foram 8 horas sob a mira dos criminosos, que rodaram com a vítima dentro do automóvel, período em que foram foi feitos saques, compras com cartões de crédito e transferências bancárias da conta da vítima e de familiares. A polícia investiga um homem, titular de uma conta, para a qual o dinheiro foi enviado.
A empresária foi deixada em uma rodovia de Cotia, cidade vizinha a Itapevi. Os criminosos ainda não foram encontrados. A polícia suspeita que eles já conheciam a rotina da comerciante.
Em São Paulo, no ano passado, foram registrados 56 casos de extorsão mediante sequestro, mais que o dobro se comparado ao ano anterior. Em relação a 2019, período pré-pandemia, o número disparou, um aumento superior a 400%.
- 2022 - 56 casos
- 2021 - 23 casos
- 2020 - 10 casos
- 2019 - 11 casos
"O modus operandi dessas quadrilhas são muito parecidos. Eles são criminosos habituais, eles são específicos no cometimento desses crimes, então nós acreditamos sim que seja uma organização que pratica esses crimes com frequência", afirma a delegada Bruna Caroline Biruel Caracho.