União Europeia e EUA anunciam novos pacotes de ajuda militar à Ucrânia
Governo norte-americano também aplicou sanções contra mais de 200 indivíduos e entidades
Camila Stucaluc
A guerra na Ucrânia chegou a um ano nesta 6ª feira (24.fev) e, para demonstrar apoio ao país, os Estados Unidos anunciaram um novo pacote de ajuda militar. Segundo a Casa Branca, serão fornecidas armas, drones, munições, canhões, sistemas de foguete e equipamentos especiais para combater a guerra eletrônica russa.
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Também foram impostas novas sanções contra a Rússia, visando diminuir a capacidade de investimento de Moscou na guerra. Mais de 200 indivíduos e entidades serão impactados, incluindo companhias da Europa, Ásia e Oriente Médio que estão apoiando Moscou na invasão. Boa parte das restrições atinge a China, principal relação da Rússia.
Ainda hoje, o presidente Joe Biden deve assinar decretos para aumentar as tarifas de mais de 100 metais russos importados, no valor de aproximadamente US$ 2,8 bilhões em receita para Moscou. "Essas medidas são projetadas para atingir as principais commodities russas, reduzindo a dependência dos EUA da Rússia", justificou a Casa Branca.
Outro parceiro a anunciar apoio à Ucrânia foi a União Europeia. Em discurso nesta manhã, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, condenou a invasão russa e afirmou que o bloco irá aumentar a ajuda militar à Kiev, recorrendo a aquisições conjuntas para fornecer suprimentos urgentes, como munições de 155 mm.
"Um ano de brutal agressão russa. Um ano de heróica resistência ucraniana. Um ano de solidariedade europeia. À nossa frente está um futuro de unidade. Vocês [ucranianos] lutam pela liberdade, pela democracia e pelo seu lugar na União Europeia. Estamos com você, pelo tempo que for preciso", disse von der Leyen, garantindo a reconstrução do país no pós-guerra.
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Já em relação aos crimes de guerra, o vice-secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), Mircea Geoana, afirmou que está em contato com especialistas aliados para documentar e evidenciar as ações russas na Ucrânia e que os Países Baixos irão instaurar uma investigação especial no Tribunal Penal Internacional. "Os responsáveis devem ser responsabilizados", disse.