"Se 3ª Guerra Mundial estourar, não vai começar com tanques", ameaça Rússia
Vice-presidente do Conselho de Segurança rebateu Ocidente e fez nova referência a armas nucleares
O vice-presidente do Conselho de Segurança da Rússia, Dmitry Medvedev, voltou a criticar o envio de tanques à Ucrânia. Em publicação neste sábado (28.jan), o político disse que a justificativa de entregar armas para conter o conflito não se sustenta, uma vez que, se houvesse uma nova guerra mundial, as agressões não começariam com tanques.
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"Primeiro, a proteção da Ucrânia, que é inútil na Europa, não salvará o decrépito Velho Mundo da retribuição, se algo acontecer. Em segundo lugar, se a Terceira Guerra Mundial começar, então, infelizmente, não será em tanques ou mesmo em combatentes", disse Medvedev, reacendendo as ameaças russas sobre armas nucleares.
Na declaração, o vice-presidente referiu-se especialmente ao ministro da Defesa da Itália, Guido Crosetto, que defendeu o envio dos tanques dos Estados Unidos e da Alemanha para a Ucrânia. Segundo ele, os veículos seriam importantes para conter a ofensiva russa e evitar que os militares de Moscou cheguem em novas fronteiras europeias.
"A Terceira Guerra Mundial começaria no momento em que carros armados russos chegassem em Kiev e nas fronteiras da Europa. Fazer com que eles não cheguem é a única maneira de evitar isso", disse Crosetto.
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Desde que o anúncio do envio de tanques foi feito, a Rússia vem intensificando os ataques aéreos contra a Ucrânia. Na 5ª feira (26.jan), por exemplo, foram lançados 59 mísseis por todo o país, deixando 11 mortos. Hoje, um novo ataque na cidade de Kostiantynivka resultou na morte de três pessoas, enquanto 14 ficaram feridas.