No ES, PF prende 3º investigado por ataque golpista em Brasília
Influenciador digital e assessor de deputado do PL, 'CVC' era um dos alvos da Operação Ulysses
Emanuelle Menezes
A Polícia Federal prendeu, na manhã desta 5ª feira (19.jan), o terceiro alvo da Operação Ulysses, deflagrada contra suspeitos de participar e financiar atos golpistas que contestam o resultado do 2º turno das eleições de 2022, incluindo o ataque que causou destruição nos prédios dos Três Poderes, em Brasília, no dia 08 de janeiro.
O influenciador digital Carlos Victor Carvalho, conhecido nas redes sociais como 'CVC', foi detido por policiais da Delegacia de Polícia Federal em Campos dos Goytacazes, em uma pousada no município de Guaçuí, no Espírito Santo. Ele é investigado por ter participado das invasões às sedes do Congresso Nacional, do Palácio do Planalto e do Supremo Tribunal Federal.
'CVC' estava, atualmente, lotado como assessor no gabinete do deputado estadual Filippe Poubel (PL-RJ), na Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), recebendo o salário líquido mensal de R$ 5.588,37. O gabinete do parlamentar informou, em nota, que o assessor foi exonerado, "para que ele possa ter pleno direito à defesa nos trâmites do devido processo legal". O deputado Filippe Poubel também repudiou os atos, apesar de destacar que faz oposição ao atual governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Além de Carlos, foram presos durante a Operação Ulysses o subtenente do Corpo de Bombeiros Roberto Henrique de Souza Júnior, de 52 anos, e Elizângela Cunha Pimentel Braga, de 48 anos.
Os policiais apreenderam, também, celulares, computadores e diversos documentos.
Operação Ulysses
Policiais federais cumpriram cinco mandados de busca e apreensão e três mandados de prisão temporária durante a Operação Ulysses. A investigação, da Delegacia de Polícia Federal em Campos dos Goytacazes, no norte do estado do Rio de Janeiro, teve início para identificar lideranças locais que bloquearam as rodovias que transpassam o município, além da organização de apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em frente aos quartéis do Exército da cidade e a participação dos investigados no financiamento dos atos do último dia 8.
Os crimes investigados incluem associação criminosa, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e incitação das Forças Armadas contra os poderes institucionais.
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