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RJ: Investigação revela como milícia planejava assassinatos e propinas

Organização criminosa corrompia agentes públicos e armava crimes contra rivais

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Investigações da Polícia Federal e do Ministério Público do Rio de Janeiro revelam como a maior milícia do estado planejava assassinar rivais e o pagamento de propinas a policiais militares.

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O inquérito, de 1.025 páginas, tem como alvo o bando chefiado por Luís Antonio da Silva Braga, o Zinho. Ele assumiu o controle da milícia após a morte do irmão, Wellington da Silva Braga, o Ecko, numa operação policial, em junho do ano passado. Completam o alto escalão quatro homens de confiança de Zinho.

No celular de um deles foram encontrados planos para matar quem afrontasse o poder da organização criminosa. em uma conversa, o grupo é avisado de que os irmãos Jerominho e Natalino Guimarães estavam articulando o assassinato de Zinho.

O informante sugere "resolver esses velhos logo", e tem como resposta: "levanta logo eles". Segundo os investigadores, "resolver e levantar" significam matar os rivais. O ex-vereador, Jerônimo Guimarães Filho, o Jerominho, foi morto a tiros de fuzil, no início do mês.

Os milicianos também pareciam preocupados com um traficante prestes a deixar a prisão: "lembra que a gente estava articulando pra pegar o Titio na saída? Então, essa semana eu acho que ele sai". O criminoso foi solto e escapou da milícia.

De acordo com o Ministério Público, a maior milícia do estado também corrompe agentes públicos. Na contabilidade da organização criminosa aparece o pagamento de propinas a policiais militares.

Em uma das conversas, um miliciano fala com uma mulher identificada como Patrícia PMERJ. Ela apresenta a lista de agentes do batalhão de policiamento em vias especiais que deveriam receber propina: ao todo, R$ 1.900 por semana.

Em troca, PMs liberariam veículos dos milicianos caso eles fossem parados em blitz e seriam avisados sobre operações policiais.

Na semana passada, oito milicianos foram presos. Zinho continua sendo procurado.

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