PM que matou Leandro Lo foi a prostíbulo após homicídio
Imagens de câmeras de segurança mostram Henrique Velozo saindo com mulher depois de crime na zona sul de SP

Luciano Teixeira
O policial militar que atirou e matou o lutador Leandro Lo, na madrugada de 7.ago, foi visto em uma casa de prostituição e um motel após o crime, em São Paulo (SP). Segundo as investigações, o tenente Henrique Velozo já tinha uma desavença antiga com a vítima.
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No domingo (14.ago), foi realizada a missa de sétimo dia do campeão mundial de jiu-jitsu. Ainda abalados, familiares e amigos - muitos com quimonos de luta - prestaram homenagens a Leandro.
O PM foi a uma boate a pouco mais de dois quilômetros do local do assassinato. Câmeras de segurança flagraram o tenente na recepção da casa noturna, no bairro de Moema.
Duas horas depois, Velozo é visto saindo do local, acompanhado de uma mulher que, de acordo com os investigadores, seria uma garota de programa. Em determinado momento, o PM aparentemente ajeita a arma na cintura.
O assassino e a mulher foram para um motel em Pinheiros, na zona oeste da capital paulista. A dupla chegou no local ainda na noite do crime e permaneceram por lá por quase 11 horas.
Provocação durante show
O crime foi registrado durante um show de pagode no Clube Sírio. De acordo com testemunhas, o PM já tinha provocado o lutador ao entregar a ele uma pilha de copos vazios. Depois, o tenente pegou uma garrafa de uísque da mesa onde Leandro estava com os amigos. Irritado, o lutador aplicou um golpe no PM e amigos da vítima separaram os dois.
Na sequência, o PM sacou a arma e atirou, acertando fatalmente a testa do atleta. Imagens de câmeras de segurança do local do show não flagraram o momento do disparo, apenas a multidão correndo após o tiro. Leandro Lo, após ser socorrido, teve morte cerebral constatada horas depois.
O PM também é lutador de jiu-jitsu e já foi condenado na Justiça Militar a nove meses de prisão em regime aberto por ter quebrado o braço de um soldado da corporação em uma discussão, em uma casa noturna.
Henrique Velozo se entregou à polícia na semana passada, horas antes do enterro de Leandro. O assassino foi indiciado pela Polícia Civil e, durante o interrogatório, o PM permaneceu em silêncio. Ele está preso no presídio militar Romão Gomes, na zona norte da capital paulista.
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