Mortes na Amazônia: associações cobram rigor nas investigações
Entidades lamentam os assassinatos de Dom Phillips e Bruno Araújo Pereira
SBT Brasil
As mortes do indigenista brasileiro Bruno Araújo Pereira e do jornalista inglês Dom Phillips repercutiram entre entidades de todo o mundo, que lamentaram os crimes e cobraram o governo federal, com pedidos de rigor nas investigações. A organização não governamental (ONG) Repórteres Sem Fronteiras, por exemplo, afirmou que as buscas tiveram tratamento desastroso e que o local do crime é uma região abandonada pelas autoridades nacionais.
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A Anistia Internacional cobrou transparência, imparcialidade e respeito aos Direitos Humanos nas investigações. Enquanto isso, o Grupo Extinction Rebellion fez uma manifestação em frente ao parlamento europeu, em Bruxelas (Bélgica). Diante do protesto, uma eurodeputada, a alemã Anna Cavazzini, afirmou que os dois assassinatos mostram a importância de proteger comunidades indígenas e que isso também é responsabilidade da União Europeia.
Repercussão na imprensa estrangeira
O caso ganhou destaque na imprensa de todo o planeta. O jornal The New York Times, dos Estados Unidos, falou em "indignação internacional". O Le Monde, da França, classificou as investigações como "confusas e lentas". Por sua vez, a rede britânica BBC publicou que, durante a coletiva de imprensa de 4ª feira (15.jun), a polícia brasileira não elogiou a ajuda dos indígenas e que, ao ser questionada, disse que tinha se equivocado.
Também do Reino Unido, o The Guardian, veículo para o qual Dom Phillips trabalhava, compartilhou depoimentos de colegas do jornalista assassinado na Amazônia. Eles disseram que a única maneira de algo decente sair de uma monstruosidade é continuar com o trabalho que ele realizava.