RJ: Homem morre após ser baleado por PM quando estava a caminho do trabalho
Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) pediu rigor nas apurações
Liane Borges
Um homem foi morto com um tiro quando estava a caminho do trabalho no Rio de Janeiro. Os moradores acusam policiais militares. A polícia alega que o disparo foi acidental.
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Embaixo do viaduto, onde funcionava um lava-jato clandestino, ficou a marca de sangue de Reginaldo Avelar Porto, de 37 anos. A PM informou que uma equipe da Unidade de Polícia Pacificadora do Morro São João, que fica nos arredores, foi acionada para uma confusão entre pessoas em um lava-jato. Ao tentar separar os envolvidos, a arma de um dos policiais disparou acidentalmente e atingiu o homem.
De acordo com a família, Reginaldo estava a caminho do trabalho. Ele era caseiro, além de cuidador de idosos. "A arma disparou acidentalmente, isso eu não acredito, porque um acidente não acontece pegando um tiro nos peitos de uma pessoa, e meu irmão veio a óbito. eu quero saber, quero entender e saber desses policiais como que foi nesse caso", desabafou um irmão da vítima, que não quis se identificar.
Após a morte, moradores revoltados fizeram um protesto. Os manifestantes fecharam uma das principais avenidas da zona norte. Mães com crianças passavam em meio a confusão. A todo o momento, mais bombas de gás. Em uma imagem é possível ver um homem jogando algo na polícia. Na sequência, ele leva um tiro de borracha na perna. No início da noite, o clima voltou a ficar tenso com um novo protesto de moradores.
Na delegacia, a Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) pediu rigor nas apurações. "A gente espera que a polícia investigue a fundo, que a família tenha resposta, já que tem esse desencontro de informações entre as pessoas que estavam no local e a nota da Polícia Militar", diz Vanessa Figueiredo Lima, advogada da comissão.
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