Combinação de CoronaVac com Pfizer eleva proteção contra ômicron
Segundo estudo, esquema vacinal também apresenta eficácia de 91% em relação a hospitalizações e óbitos
SBT News
Um estudo feito por pesquisadores brasileiros apontou a combinação da vacinação primária com o imunizante da CoronaVac e a dose de reforço da Pfizer aumenta em até sete vezes a proteção contra a variante ômicron do novo coronavírus. A pesquisa foi divulgada na última semana, na plataforma medRxiv, mas ainda precisa ser revisada por pares.
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Para avaliar a efetividade dos imunizantes, os cientistas analisaram mais de 1,3 milhão de exames do tipo antígeno ou RT-PCR com resultados positivos para a doença de setembro de 2021 a março deste ano em todo o país e compararam com a mesma quantidade de exames com resultado negativo. Todas as amostras foram analisadas a partir das variantes delta e ômicron.
No caso dos indivíduos que receberam duas doses da CoronaVac, sem reforço vacinal, a proteção contra o desenvolvimento de sintomas de covid foi de menos de 10% no período de alta disseminação da ômicron no Brasil, no fim do ano passado. Tal proteção foi registrada em cerca de 36% nos meses de circulação da variante delta.
Com o reforço de CoronaVac, a proteção contra a doença pela variante ômicron apresentou aumento de cerca de 7%. Em relação aos sintomas graves, hospitalização e óbito houve um aumento moderado na eficácia do imunizante de 8 a 59 dias após a terceira dose, de 57% para 71,3%.
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Já com o reforço da Pfizer, uma dose extra no período da delta aumentou a proteção de 51% contra sintomas de covid para 86,6%. Contra hospitalização e morte, o aumento foi de 86,7% para 91,7%, de 8 a 59 dias após a terceira dose.