Número de refugiados da Ucrânia na Europa sobe para 3,8 milhões
Ofensiva russa também já deixa mais de 7 milhões de civis deslocados dentro do país
A ofensiva russa na Ucrânia já deixou, em pouco mais de quatro semanas, 3,8 milhões de refugiados na Europa. Com constantes ataques e bombardeamentos aéreos, milhares de pessoas também continuam se deslocando entre as cidades do país para conseguir atravessar a fronteira. A movimentação, segundo a comunidade internacional, é a maior desde a Segunda Guerra Mundial.
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A maioria dos civis segue procurando abrigo em países fronteiriços e a Polônia está entre os principais destinos, tendo recebido mais de 2,2 milhões de pessoas. Em seguida, estão Romênia (586 mil), Moldávia (381 mil), Hungria (349 mil), Eslováquia (272 mil), regiões da Rússia (271 mil) e Belarus (6,3 mil). Do total de refugiados, cerca de metade é composta por crianças e adolescentes.
Além disso, a Organização das Nações Unidas (ONU) estima que mais de 7 milhões de pessoas estejam deslocadas dentro da Ucrânia, onde passam por situações de fome e frio. Na última semana, a entidade informou que ao menos 1.035 civis morreram e 1.650 ficaram feridos devido ao conflito militar entre os países. O número, no entanto, pode ser maior, uma vez que o recebimento de informações está instável.
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As negociações entre a Rússia e a Ucrânia devem ser retomadas ainda nesta 2ª feira (28.mar), em Istambul, na Turquia. Apesar das conversas anteriores não terem resultarem em maiores avanços para um possível cessar-fogo, as delegações se mostraram mais confiantes depois que o governo ucraniano anunciou que está preparado para discutir a adoção de uma posição neutra, uma das exigências russas.
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