Moderna busca autorização para vacina anticovid a menores de seis anos
Imunizante é composto por um quarto da dose da vacina de adultos, e apresenta resposta imune semelhante
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A farmacêutica Moderna está buscando autorização emergencial da vacina pediátrica contra covid-19 para crianças menores de seis anos de idade. Resultados provisórios apontam que duas dose do imunizante, composto por um quarto da dose destinada à adultos, oferece resposta imunidade semelhante à do grupo maior de 18 anos.
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Segundo a entidade, a solicitação para o uso da vacina deve ser encaminhada à agência reguladora norte-americana Food and Drug Administration (FDA). Como base, os pesquisadores irão apresentar uma pesquisa envolvendo 6,9 mil crianças com idades entre seis meses e cinco anos, que teve como resultados "uma resposta robusta de anticorpos neutralizantes" e "um perfil de segurança favorável" em relação ao imunizante.
Os dados também apresentaram que a maioria das reações adversas à vacina foram leves ou moderadas e foram mais frequentes após a segunda aplicação. A Moderna disse ainda que nenhuma morte ou caso de miocardite (inflamação do músculo cardíaco) ou pericardite (inflamação do revestimento do coração) foram relatados.
Por outro lado, os pesquisadores identificaram que as doses do imunizante não foram tão eficazes na prevenção de infecções por covid-19 causadas pela variante Ômicron, que predominou nos Estados Unidos durante o estudo. Para crianças de seis meses a um ano de idade, a eficácia foi de 43,7%, enquanto que para crianças de dois a cinco anos, a proteção foi de 37,5%.
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Até o momento, apenas crianças maiores de cinco anos são elegíveis para receber a vacinação contra a covid-19 no país norte-americano. Caso a ampliação da campanha seja aprovada, a Moderna sinaliza que também pretende iniciar os estudos de dose de reforço para o grupo infantil, uma vez que a eficácia da proteção pode diminuir com o surgimento de variantes.