Zelensky acusa tropas russas de bloquearem ajuda humanitária no país
Presidente ucraniano também disse que motoristas de comboios foram capturados e permanecem desaparecidos
Em novo pronunciamento nesta 2ª feira (21.mar), o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, acusou as tropas militares da Rússia de bloquearem o acesso de comboios com ajuda humanitária para cidades mais vulneráveis do país. Segundo ele, seis motoristas que levavam cargas de suprimentos básicos aos moradores de Vovchansk foram capturados pelos soldados russos e, até o momento, permanecem sem comunicação.
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"Durante o dia de 20 de março, apenas 4 corredores humanitários funcionaram. Um total de 7.295 pessoas foram evacuadas e mais ônibus serão enviados para a cidade para continuar esta importante missão", disse Zelensky, citando o ataque a uma escola onde cidadãos estavam abrigados. "Em Kiev, mais de 3 mil pessoas foram resgatadas, mas as tropas russas tomaram nosso comboio, nossa carga humanitária", completou.
Ele informou ainda que está em contato direto com o primeiro-ministro de Israel, Naftali Bennett, para conseguir mais insumos para o país, além de armamentos. Uma possível conversa entre o premiê e o governo russo também pode ser esperada pela comunidade internacional, com objetivo de mediar as negociações entre a Federação Russa e a Ucrânia.
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"É claro que Israel tem seus próprios interesses, uma estratégia para proteger seus cidadãos. Nós entendemos isso. O primeiro-ministro israelense Bennett está tentando encontrar um caminho negociado com a Rússia. E somos gratos por isso. Para cada esforço. Para começar a falar com a Rússia mais cedo ou mais tarde, talvez em Jerusalém. Este é o lugar certo para encontrar a paz. Se possível", afirmou.
O conflito militar na Ucrânia chega ao 26º dia e mais de 3,3 milhões de civis já cruzaram a fronteira do país em busca de segurança e proteção. A grande maioria segue procurando abrigo na Polônia e Romênia, enquanto outros deslocam-se para Moldávia, Hungria, Eslováquia e, até mesmo, algumas regiões da Rússia. De acordo com o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), metade dos refugiados são crianças.
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