Presidente da Ucrânia diz que 1,3 mil soldados do país morreram na guerra
Moscou intensificou os ataques a várias cidades e aumentou o cerco à capital Kiev
SBT Brasil
O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, revelou que 1,3 mil soldados ucranianos já morreram nos 17 dias de invasão russa. Em mensagem direta a Moscou, ele pontuou que "se o objetivo é apagar a memória de toda essa região, a história da Europa, então avancem".
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Nas últimas horas, Moscou intensificou os ataques a várias cidades e aumentou o cerco à capital Kiev. Um bombardeio teve como alvos um depósito de munição e um armazém de comida nos arredores da capital ucraniana, onde soldados abrem trincheiras, erguem barricadas e ajudam civis a atravessarem pontes destruídas para tentar evitar o avanço dos russos.
Mas eles estão cada vez mais próximos de Kiev - 25 km, segundo o serviço de inteligência da defesa britânica. Onde as tropas de Vladimir Putin já entraram, há intimidação e sinais de tomada de poder à força. Câmeras de segurança de Melitopol, a sudoeste do país, capturaram o momento em que o prefeito foi levado por homens armados. O governo ucraniano acusou a Rússia de sequestrar Ivan Fyodorov, numa tática descrita como terrorismo. Cerca de mil moradores foram às ruas pedir a libertação do prefeito.
Os esforços diplomáticos por um cessar-fogo continuam, sem sucesso, na Europa. O presidente da França, Emmanuel Macron, e o chanceler alemão, Olaf Scholz, tiveram uma longa e difícil conversa por telefone com Vladimir Putin neste sábado (12.mar), mas o líder russo não deu sinais de que irá ceder tão cedo. Uma nova tentativa de negociação, mediada desta vez por Israel, está sendo discutida.
Enquanto isso, a destruição avança, para cima de ônibus e de prédios residenciais. As imagens que chegam de Mariupol, cidade de quase meio milhão de habitantes, no sudoeste do país, são assustadoras. No local, o governo ucraniano acusou a Rússia de bombardear uma mesquita que abrigava 80 pessoas, entre elas crianças. O número de mortos ou feridos no ataque, negado por Moscou, não foi divulgado.
Anastasia conseguiu salvar apenas o mais novo quando um morteiro atingiu seu apartamento, contou ela sentada nos corredores de um hospital que já não dá conta dos feridos. Odessa, estratégica para Putin, se prepara debaixo de neve para uma iminente invasão. Voluntários protegem monumentos desta cidade portuária no Mar Negro, conhecida pela sua belíssima arquitetura do século XIX, suas praias e ópera. Patrióticos, eles cantam em defesa da própria história.
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