Ucrânia diz que Rússia intensificou bombardeios em áreas residenciais
Equipes de socorristas seguem auxiliando e retirando cidadãos das regiões mais vulneráveis
SBT News
O governo da Ucrânia afirmou, nesta 2ª feira (7.mar), que as forças militares russas intensificaram os ataques e bombardeios em áreas residenciais, com destaque para cidades do norte e sul do país. De acordo com o ministério da Defesa, apenas nesta manhã, mais de 420 operações foram realizadas para conter os danos causados pelas bombas.
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Os arredores de Kyiv, Chernihiv, no norte, Mykolaiv, no sul, e Kharkiv, a segunda maior cidade do país, estão enfrentando bombardeios de artilharia pesada desde ontem. Além da destruição dos imóveis, como escolas, casas, hospitais e edifícios administrativos, as ações também resultaram em incêndios nas áreas atingidas, temporariamente controlado por equipes do Corpo de Bombeiro ucraniano.
Socorristas seguem para auxiliar e retirar cidadãos das regiões mais vulneráveis. Até o momento, 228 mil civis foram retirados do país com a ajuda das autoridades e mais de 1,5 milhão cruzaram a fronteira por conta própria para fugir dos conflitos. Membros da Organização das Nações Unidas (ONU) estimam que a crise deve resultar no maior fluxo de refugiados no século na Europa.
Em pronunciamento nesta manhã, o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky voltou a frisar que o governo nunca quis a guerra e que o país está suportando o que nenhuma outra nação europeia presenciou em cerca de 80 anos. Diante dos combates, ele voltou a pedir ajuda da comunidade internacional.
"Se a invasão continuar e a Rússia não abandonar seus planos contra a Ucrânia, será necessário um novo pacote de sanções. Novas sanções, novas sanções contra a guerra e pela paz", disse o político. "Boicote às exportações russas. Em particular, a rejeição de petróleo e produtos petrolíferos da Rússia. Se eles não querem seguir as regras civilizadas, eles não devem receber bens e serviços da civilização", frisou.
Zelensky também ressaltou a intensificação dos ataques às áreas rurais, dizendo que cidades e vilas foram atacadas durante a noite e que alguns moradores estão sendo feitos de reféns. Segundo ele, as forças russas estão atacando civis com mísseis, bombas áreas e morteiros.
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"Quantas mais mortes e perdas são necessárias para proteger os céus da Ucrânia? Estamos aguardando uma solução", disse o líder, referindo-se à Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) por não estabelecer zona de exclusão aérea na Ucrânia.
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