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Combates na Ucrânia devem parar, afirma secretário-geral da ONU

Em declaração, António Guterres reforçou a morte de civis e o aumento do número de refugiados na Europa

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Segundo monitoramento da ONU, mais de 1,5 milhão de ucranianos cruzaram as fronteiras até o momento | Flickr
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O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres, afirmou que a escalada da violência na Ucrânia está resultando em mortes de civis, incluindo crianças, e que a ofensiva russa no país é totalmente inaceitável. A declaração foi feita durante reunião especial da Assembleia Geral, realizada na última semana.

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"Os combates na Ucrânia devem parar. Está se espalhando pelo país, do ar, terra e mar. Isso deve parar agora. A escalada da violência - que está resultando em mortes de civis, incluindo crianças - é totalmente inaceitável. Tudo tem um limite", disse Guterres. 

Ele também reforçou que o conflito militar poderia facilmente se tornar a pior crise humanitária e de refugiados da Europa em décadas, com o número de deslocados internos multiplicando-se a cada minuto. Segundo o painel de monitoramento da ONU, mais de 1,5 milhão de ucranianos cruzaram as fronteiras até o momento. 

"Sou grato pela compaixão, generosidade e solidariedade dos vizinhos da Ucrânia que estão acolhendo aqueles que buscam segurança. É importante que essa solidariedade seja estendida sem qualquer discriminação baseada em raça, religião ou etnia", declarou Guterres, acrescetando que a ajuda humanitária é vital, mas não é uma solução.

A ofensiva russa na Ucrânia chega ao seu 12º dia com negociações diplomáticas em crise. Na última semana, um acordo de cessar-fogo foi feito entre ambos os países para realizar a retirada de civis por meio de um corredor humanitário. Fontes ucranianas, no entanto, alegam que as operações militares russas não pararam e que os cidadãos não estão conseguindo deixar o país em segurança.

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"O ataque à Ucrânia desafia o direito internacional e o sistema multilateral enraizado na Carta das Nações Unidas", disse o líder da ONU. "Algumas das possíveis consequências de um conflito piorando são assustadoras para contemplar. A guerra não é a resposta. Precisamos de paz agora", frisou.

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