Anvisa recebe do governo pedido de autorização para autoteste
A ideia é que o kit seja vendido em farmácias e que o próprio paciente realize o procedimento em casa
Já está com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), o pedido do Ministério da Saúde para a liberação, no Brasil, do uso do autoteste para o diagnóstico de covid-19. O exame, sem a coleta de um profissional e feito em casa, já é utilizado nos Estados Unidos, em países da Europa, Israel e Argentina.
+ Leia as últimas notícias no portal SBT News
Na Irlanda, os testes são vendidos na farmácia e no mercado. "Eu já passei no mercado e eu comprei quatro kits desse. Em cada kit vem cinco testes, então eu consigo de alguma forma acompanhar se eu resolver visitar outra pessoa, assim, eu consigo fazer teste antes ou depois", fala a gerente Sílvia Moraes.
Para a infectologista Raquel Stucchi, o autoteste é uma ferramenta simples para ajudar a combater a transmissão do vírus. "Estou negativo? Posso ir hoje, e se eu adoecer amanhã? Bom, se eu adoecer amanhã, eu até aviso todo mundo que estava na confraternização que eu adoeci, mas como meu exame estava negativo, isso significa que a quantidade de vírus era muito pequena", ressalta a médica
O autoteste para covid-19 é assim: tem um cotonete, que deve ser introduzido até o fundo da narina, dos dois lados. Depois, o cotonete precisa ser colocado numa solução reagente, para diluir. Uma gotinha desse líquido deve ser colocada na fita de testagem. Aí só é preciso esperar uns 15 minutos e torcer para ficar só com um risquinho vermelho. Se aparecerem dois, significa resultado positivo para a covid.
"Eu estou com sintoma, fiz o autoteste, deu positivo, eu tenho que procurar uma unidade de saúde para confirmar e fazer o RT-PCR. Então eu recomendo que faça isso porque você pode ter o falso positivo também. Como o RT-PCR é o padrão ouro, o mais sensível, aí você tem certeza", afirma o virologista Bergmann Ribeiro.
A liberação da venda de autotestes para covid-19 deve ser anunciada pela Anvisa na próxima semana. Não há previsão de que esses exames sejam distribuídos pelo Ministério da Saúde. A ideia é que o kit seja vendido em farmácias.