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Jornalismo

Estudo preliminar mostra eficácia de CoronaVac contra ômicron

Pesquisa contou com amostras sanguíneas de vacinados e de pessoas com infecção prévia de covid-19

Imagem da noticia Estudo preliminar mostra eficácia de CoronaVac contra ômicron
Pesquisa foi publicada na revista Emerging Microbes & Infections | Divulgação/Gov SP
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Um estudo preliminar realizado por pesquisadores chineses mostrou que a vacina contra covid-19 CoronaVac, produzida pelo Instituto Butantan e pelo laboratório Sinovac, tem efetividade na neutralização da variante ômicron. A pesquisa, publicada na revista Emerging Microbes & Infections, ainda deve ser analisada por autoridades sanitárias.

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Para o experimento, os cientistas utilizaram plasma sanguíneo de pessoas vacinadas com a CoronaVac e também de pessoas com infecção prévia da doença. As amostras foram, então, infectadas com os pseudovírus -- partícula viral -- que carregam a proteína Spike das variantes ômicron, alpha, beta, gama, delta, lambda e mu.

Após a etapa, os pesquisadores analisaram anticorpos neutralizantes de 16 pessoas convalescentes de covid-19 e também de 20 pessoas que já haviam tomado as duas doses da vacina. No caso das pessoas que tiveram a infecção prévia, foi observada uma redução de 10,5 vezes da neutralização contra a variante ômicron, ou seja, a neutralização pela cepa é 10,5 vezes pior do que para o vírus original da covid-19.

Já no teste feito com os anticorpos neutralizantes das 20 pessoas que estavam com o ciclo vacinal completo, a redução de neutralização média foi de 12,5 vezes sobre a ômicron. Para as demais cepas, a vacina apresentou eficácia de neutralização de 2,9 vezes contra a alfa; 5,5 vezes contra a beta; 4,3 vezes contra a gama; 3,4 vezes contra a delta; 3,2 vezes contra a lambda; e 6,4 vezes contra a variante mu.

Na última semana, o Instituto Butantan divulgou que um outro estudo, feito no Chile e que ainda não foi publicado, demonstrou que três doses da CoronaVac foram capazes de reforçar a resposta imunológica celular contra a ômicron. 

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"Os primeiros resultados que obtivemos são respostas celulares, que são células chamadas linfócitos T, que reconhecem antígenos de coronavírus. Fomos capazes de medir a capacidade de reconhecimento e de resposta imune em amostras obtidas de pessoas vacinadas com duas doses da CoronaVac, mais a dose de reforço, e detectamos um nível significativo de reconhecimento da proteína S da variante ômicron", explicou Alexis Kalergis, diretor do Instituto Milênio de Imunologia e Imunoterapia, em entrevista à Rádio Pauta.

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