Jovem de 18 anos é morta asfixiada e ex-namorado é principal suspeito
Irmã de Thalita Fernandes afirma que o homem, de 29 anos, já a havia agredido por ciúme
SBT Brasil
Uma pesquisa da Associação Paulista de Magistrados mostra que para 88% das mulheres ouvidas, a violência contra elas aumentou nos últimos quatro anos. O trabalho apresentado nesta 3ª feira (21.set), na Assembleia Legislativa de São Paulo, entrevistou mil mulheres em agosto.
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Thalita Fernandes, de 18 anos, se tornou uma das mais recentes vítimas de feminicídio. Ela foi morta asfixiada em casa, na zona sul de São Paulo, nesta 2ª feira (20.set). O principal suspeito é o ex-namorado, que tem 29 anos.
"A gente sempre avisava. Depois que ela terminou, a gente avisava Thalita: 'faz um boletim de ocorrência, Thalita, corta o mal pela raiz.' Mas a gente não acreditava que ele seria capaz de fazer isso, de matar, de tirar a vida dela" , afirma a irmã da jovem, Tayná Fernandes.
Para 54% das entrevistadas na pesquisa, a violência doméstica é o tema que mais preocupa. Além disso, 66% acreditam que a casa é o principal local das agressões e 63% apontam o companheiro como autor do crime. O medo, segundo 73% delas, é a principal causa do silêncio na busca por ajuda junto a órgãos oficiais.
No enterro de Thalita, a irmã contou que ela já havia sido agredida pelo namorado. "Ele e a minha irmã moraram comigo e uma vez ele foi para cima dela, chegou a rasgar uma blusa, mas acho que se não tivesse ninguém em casa ele tinha feito alguma besteira. Por quê? Ciúmes, ele tinha muito ciúmes, muito possessivo, um amor muito possessivo", afirmou a familiar.
A amiga da vítima, Nicole Nascimento, lamentou a violência contra as mulheres. "Inacreditavel o que aconteceu com ela. Quando uma mulher morre, todas as outras morrem junto. E ela morreu, eu morri junto com ela", afirmou.