Raio-x da vacinação: saiba o percentual de imunizados por faixa etária
Idosos de 75 a 70 anos lideram a lista: 88,47% deles estão imunizados. Em 2º lugar está quem tem mais de 80
O avanço da vacinação contra covid-19 no país segue critérios de faixa etária -- passando por alguns grupos prioritários, como profissionais da saúde e pessoas com comorbidades. Isso fez com que os mais velhos fossem imunizados primeiro, e atingissem os maiores números da vacinação até agora. Neste domingo (4.jul), pessoas com 70 anos ou mais lideram o ranking da vacinação, com mais de 80% do grupo imunizado, segundo dados do Ministério da Saúde.
Dentro desse grupo, existem três divisões de faixas etárias. Os que mais se imunizaram correspondem a quem tem entre 75 e 79 anos, em que 88,47% receberam vacinas. Em segundo lugar estão os maiores de 80 anos, com 88,09%, seguido de idosos entre 70 e 74 anos, que foram 86,39% imunizados.
Nas demais faixas etárias -- que variam de 69 e 18 anos -- a quantidade total de imunizados por grupo diminui gradativamente, com algumas exceções entre quem tem entre 50 a 59 anos. Os que estão com 69 a 65 são os mais vacinados, com 61,34%. O grupo que menos está com proteção ao coronavírus é o de 18 a 19 anos, com 1,34%. Além desses, outros oito grupos estão divididos de acordo com as faixas etárias. Confira o quanto eles vacinaram até agora:
Vacinação pode ter diminuído mortes de idosos
Segundo análise da organização Impulso Gov, divulgada no final de maio, a aceleração da vacinação de idosos pode ser uma das causas de redução de mortes por covid do grupo. A comparação foi feita pelos dados de óbitos do registro civil com a quantidade de doses aplicadas durante a vacinação.
"Entre abril de 2020 e final de janeiro de 2021, em média, 28,3% dos óbitos no país eram de pessoas acima de 80 anos. Em 22 de abril essa parcela chegou a 11,6%. Uma redução de 16,7%. Em média, entre o final de janeiro deste ano e o de abril, cerca de 20% dos óbitos registrados por covid foram de pessoas com mais de 80 anos. Uma redução de 8,1%", explica Marco Brancher, coordenador de análise de dados da organização.
O economista pondera, no entanto, que não é possível afirmar que a redução de óbitos seja apenas pela vacinação. Pela chance de haver um chamado viés de seleção, em que idosos que não morreram, são mais saudáveis. Há também a possibilidade de enfrentamento e cuidados contra à covid terem sido melhor administrados ao longo da pandemia.
"Não se pode dizer com todas as letras que a vacina causou a redução de óbitos. Parece que a vacina pode ter causado a redução, mas pode ter muitas coisas acontecendo juntas. Idosos que não morreram são mais saudáveis, então vão morrer menos. Pode ser que os idosos tenham se isolado mais, pode ser que uma variante seja mais transmissível em adultos. Mas pode ser a vacinação", declara.