Covid-19: Estudo destaca tendência de melhora em ocupação de leitos de UTI
Divergência observada de queda da mortalidade é explicada pelo avanço da vacinação
A nova edição do Boletim Observatório Covid-19 da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) destaca a tendência de melhora nas taxas de ocupação de leitos de UTI Covid-19, além de baixa nos índices de mortalidade. A sinalização tem por base as quedas de 0,2% de novos casos diários e de 2,5% no número de óbitos.
O levantamento mostra que apenas três estados apresentam taxas de ocupação de leitos iguais ou superiores a 90%: Tocantins, Paraná e Santa Catarina. Outros 15 estados, como Amazonas, Mato Grosso, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e São Paulo, estão na zona de alerta intermediário, com índices variando entre 60% e 80%. Fora da zona de alerta, estão Rondônia, Acre, Amapá e Paraíba, com ocupação de leitos de UTI inferior a 60%.
Segundo os pesquisadores, "é importante confrontar o comportamento das taxas de ocupação de leitos de UTI com os indicadores de incidência e mortalidade por Covid-19 nos estados e no Distrito Federal e buscar entender eventuais movimentações divergentes". A divergência observada entre o aumento nos registros de novos casos e a diminuição da mortalidade é explicada pelo avanço da vacinação no país.
O estudo ainda observa que os números elevados de letalidade em alguns estados revelam falhas no sistema de atenção e vigilância em saúde, como a insuficiência de testes de diagnóstico, a falta da triagem de infectados e do rastreamento de seus contatos, e a necessidade de identificação de grupos vulneráveis.