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Empresários querem suspender dívidas até vacinação chegar a 80%

Apelo é feito por presidente da Fecomércio-RJ, Antonio Florencio

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Empresários querem suspender dívidas até vacinação chegar a 80% |SBT
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O recrudescimento da pandemia em todo o país impôs novas dificuldades a pessoas físicas e jurídicas para cumprirem seus compromissos financeiros. No Rio de Janeiro, os empresários pressionam o poder público para condicionar o pagamento de dívidas e tributos ao ritmo de vacinação. A ideia é que a cobrança seja suspensa até a imunização chegar a 80% da população. 

"Nós entendemos que qualquer prazo pras medidas tem que ser aliado ao índice da população vacinada. Porque, aí sim, nós vamos ter uma sinalização de melhora da economia. Esse é o único referencial correto e seguro que temos pra perceber se a situação volta ao normal ou não. Qualquer outro, estaremos usando de adivinhação", explicou o presidente da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Rio de Janeiro (Fecomércio - RJ), Antonio Florencio de Queiroz Junior, em entrevista ao Poder em Foco, que vai ao ar neste domingo (25.abr), no SBT, 0h45. 

Queiroz Junior observa que, no ano passado, as medidas emergenciais foram programadas apostando que no início de 2021 já haveria uma retomada econômica. No entanto, começou mais uma onda da Covid-19, obrigando novamente o fechamento do comércio, a proibição de eventos e outras medidas restritivas. "Estamos vivendo o pior dos mundos", reclama.

O presidente da Fecomércio ressalta que, além dos problemas provocados pela crise sanitária, o empresariado agora tem que pagar as dívidas adquiridas no ano passado. "Não é correto que a iniciativa privada fique fechada sem poder gerar receita e os governos cobrem seus impostos. Tem de haver a suspensão da cobrança", reforça.

A Fecomércio pede ao governo municipal a isenção do IPTU e ao estadual a suspensão do ICMS. Mas as conversas ainda são embrionárias. "Sabemos que tanto os municípios quanto o governo estadual estão com dificuldades. Entendemos que uma solução mais impactante virá do governo federal", avalia. 
 

Antonio Florencio também destaca que os empresários do Rio de Janeiro não suportariam um novo lockdown. No ano passado, ficaram cem dias com fechamento total. Neste ano, conta que já foram 15 dias. 

"Creio que não só o Rio como qualquer outro estado da federação. Se não vierem medidas que possibilitem que as empresas tenham a sobrevida, isso será o fim de várias. Nós já perdemos aqui no Rio de Janeiro 130 mil empregos e 40 mil empresas já fecharam. E esse número tende a se agravar à medida que o tempo vai passando".
 


Vacinação privada para acelerar imunização, defende Fecomércio-RJ 

O presidente da Fecomércio do Rio defende a compra de vacinas contra a Covid por empresas privadas. Ele não vê a iniciativa como uma forma de furar a fila da vacina ou criar privilégios. Ao contrário, considera ser uma forma de aliviar a fila do SUS (Sistema Único de Saúde) e agilizar o acesso de toda à população. 

Para isso, defende a adoção de critérios rigorosos: o empresariado só poderia comprar vacina de empresas que não estejam fornecendo para o governo, para não gerar concorrência interna, e também teria que vacinar de acordo com a ordem de prioridades já estabelecidas na campanha nacional de imunização. 
 


Perfil 

Antonio Florencio de Queiroz Junior é carioca e tem 63 anos. É formado em economia e administração de empresas. É presidente da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado do Rio de Janeiro desde 2018. Também integra o Conselho Nacional de Combate à Pirataria e o Conselho Nacional de Defesa do Consumidor.  

Na pandemia, a Fecomércio do Rio liderou pesquisas sobre o consumo e o comportamento dos empresários. Também iniciou um projeto para ajudar os comerciantes a montarem, em minutos, uma loja online, como forma de se adaptar à nova realidade e fechamentos determinados pelas autoridades. 

Poder em Foco

O Poder em Foco vai ao ar na madrugada deste domingo (25) para segunda, 00h45, no SBT. É apresentado pela jornalista Roseann Kennedy que, semanalmente, recebe uma personalidade do ambiente do poder para tratar assuntos importantes da pauta nacional.
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